Cervejas Baden Baden

A história da cervejaria Baden Baden de Campos do Jordão, teve seu início em 1999, quando quatro amigos decidiram produzir no Brasil cervejas especiais. Naquele momento, tinham como principal referência a inglesa Spitfire, uma cerveja do estilo Bitter Ale. Depois de cinco anos, a Baden Baden foi considerada a fábrica-modelo na produção de cervejas artesanais do Brasil, aderindo ao seleto movimento mundial The Craft Beer Renaissance. A cervejaria produziu as primeiras cervejas gourmet do país e desenvolveu no mercado brasileiro o conceito de harmonização de cervejas na gastronomia.
Hoje, são produzidas pela microcervejaria as seguintes cervejas: Cristal, Red Ale, Stout, Bock, Golden e as sazonais Celebration Inverno, Verão e Christmas Beer, além da 1999 elaborada em 2005 para comemorar o aniversário de cinco anos da fábrica. Após a aquisição da Baden Baden há mais ou menos um ano e meio pelo grupo Schincariol, foram lançados mais dois estilos: a Weiss e a Tripel. A primeira com produção regular e a segunda com a produção limitada de 2500 garrafas, todas numeradas. Preço?? Mais ou menos R$ 70,00 cada.
Na inauguração deste blog disse que a cerveja Stout da cervejaria Baden Baden foi a culpada pela minha paixão por esse líquido!!!! Não é?? Pois hoje descrevo minhas impressões da Stout e da Red Ale.

Baden Baden Stout
Família – Ale
Estilo – Foreign Extra Stout
Teor de álcool – 7,5%
Cor – Preta, preta, pretinha.
Espuma – Ótima formação e duração, cor de capuccino
Aroma – Café torrado, chocolate amargo, maltes tostados.
Sabor – Bastante encorpada, média carbonatação, café, malte torrado, amargor agradável.
Veredicto – Cerveja nacional de altíssima qualidade. Os fãs do estilo não devem deixar de prová-la. Realmente gostosa para tomar em dias mais frios ou acompanhar sobremesas de chocolate. Nota 10!

Baden Baden Red Ale
Família – Ale
Estilo – Barley Wine
Teor de álcool – 9,2%
Cor – Vermelho acobreado.
Espuma – Ótima formação e duração, dourada.
Aroma – Intenso de frutas e malte, doce muito bom.
Sabor – Bastante encorpada, média carbonatação, doce do malte no início com amargor final, seca.
Veredicto – Esta cerveja também me cativou! É uma boa representante nacional do estilo com aroma maravilhoso de malte!
 

Erdinger Weibbier Dunkel

A Erdinger é a cerveja de trigo mais conhecida e consumida no mundo. Produzida desde 1886 na Baviera, região ao sul da Alemanha com maior consumo de cerveja per capita, Inconfundível, a Erdinger é uma cerveja de alta fermentação, produzida com malte de trigo e cevada e que possui uma aparência naturalmente turva pela presença de fermento.
Originalmente conhecida apenas na Baviera, a cerveja de trigo foi popularizada pela Erdinger por toda a Alemanha em 1980. A partir de 1990 passou também a ser exportada e atualmente está presente em mais de 70 países.
É exportada para o Brasil desde 2001 nas seguintes versões: Erdinger Weibbier, Weibbier Dunkel, Pikantus, Sport, Champ, Oktoberfestbier e Schneeweisse. Esta cerveja despertou o interesse de dos apreciadores de cerveja abrindo caminho para a importação de outras marcas alemãs e de outros países com tradição cervejeira como Bélgica, Inglaterra e Irlanda. Sorte nossa!!!!!!!
Degustei a Weibbier Dunkel. As impressões foram as seguintes:

Erdinger Weibbier Dunkel
Família – Ale
Estilo – Weizenbier Dunkel
Teor de álcool – 5,6%
Cor – Marrom.
Espuma – Boa formação e boa duração, bege.
Aroma – Malte torrado, caramelo, frutas secas.
Sabor – Refrescante, caramelo, bem carbonatada, equilibrada entre doce e amargo e adstringente.
Veredicto – Cerveja de trigo escura muito boa que segue a lei da pureza de 1516. Muito saborosa e fácil de beber.

Leffe Brune

Leffe Brune
Família - Ale
Estilo – Abadia (Dubbel)
Teor de álcool – 6,5%
Cor – Marrom avermelhado.
Espuma – Cremosa, ótima formação e duração.
Aroma – Caramelo, chocolate, doce de malte, baunilha, nozes.
Sabor – Corpo médio, média carbonatação, início doce do malte com suave e longo amargor final, baunilha, chocolate.
Veredicto – Excelente cerveja!!! Mais gostosa que a Blonde! As Leffe são cervejas do meu dia-a-dia. Indico com a certeza que dificilmente alguém não gostará.Um pouco da história da Abadia de Leffe pode ser lida na postagem da Leffe Blonde.

Edelweiss Snowfresh

Ultimamente tenho postado várias cervejas de trigo. É um estilo que me agrada bastante! Degustei mais um tipo!! Trata-se da Edelweiss Snowfresh!Essa cerveja austríaca é produzida com grãos de alta qualidade e com água dos Alpes Suíços/Austríacos, enriquecida com ervas alpinas e com a flor Edelweiss, encontrada somente nos Alpes, o que lhe confere realmente um aroma único! A Edelweiss é produzida pela cervejaria Hofbräu Kaltenhausen, fundada em 1475, na Áustria.As impressões:

Edelweiss Snowfresh

Família – Ale
Estilo – Weizenbier
Teor de álcool – 5,0%
Cor – Amarela, turva.
Espuma – Firme, intensa com boa formação e duração.
Aroma – Banana suave, floral, provavelmente da flor Edelweiss.
Sabor – Corpo médio, refrescante e leve, floral, banana, final de fermento com leve amargor.
Veredicto – Boa cerveja! Diferente de outras de trigo, por conta da adição da flor alpina, que dá nome à cerveja. Fácil de beber! O copo e a garrafa são uma surpresa à parte, realmente bonitos.

Backer Pale Ale e Backer Trigo

A microcervejaria Backer nasceu em 2003, na cidade de Belo Horizonte/MG, lançando um chope com o mesmo nome.

Em 2005 foi lançada a primeira cerveja artesanal mineira. Hoje, são fabricados três tipos de chope que seguem a Lei de Pureza Alemã de 1516 e quatro cervejas: Pale Ale, Trigo, Brown aroma chocolate e Pilsen.

Para este mês estava previsto o lançamento de uma nova receita de cerveja com produção limitada e com as embalagens pintadas à mão. Vamos aguardar...

Degustei a Pale Ale e a Trigo. As impressões foram as seguintes:

Backer Pale Ale

Família – Ale
Estilo – Pale Ale
Teor e álcool – 4,8%
Cor – Amber, cobre avermelhado.
Espuma – Ótima formação e boa duração.
Aroma – Frutado, doce de abóbora com coco, doce de malte.
Sabor – Corpo leve/médio, carbonatada, doce do malte com leve amargor de lúpulo, compota de frutas, com residual levemente amargo.
Veredicto – Pale Ale nacional muito boa. Vale a pena experimentar!!
 

Backer Trigo

Família – Ale
Estilo – weizenbier
Teor e álcool – 5,0%
Cor – Amarela, turva.
Espuma – Média formação e duração.
Aroma – Fermento, banana, frutado.
Sabor – Corpo médio, muito doce, banana, especiarias.
Veredicto – Poderia ser menos doce.

 

InBev assume Budweiser

A AmBev que surgiu da fusão da paulista Antarctica com a Brahma do Rio de Janeiro, em 2004 fundiu-se com a belga Interbrew, dando origem a InBev.
Agora, neste mês de julho do corrente ano, a já gigante empresa belgo-brasileira assumiu o controle , por 52 bilhões de dólares, da cervejaria símbolo dos Estados Unidos, a Anheuser-Busch, produtora da cerveja Budweiser.

Bohemia Escura

Bohemia Escura é uma cerveja do estilo Schwarzbier, que tem em sua composição maltes importados de Munique e é produzida pela Ambev. Esta cerveja foi lançada como edição especial e limitada em garrafa de 550ml nos anos de 2002 e 2003. Com boa aceitação a sua produção passou a ser definitiva.
Hoje é encontrada em garrafas de 550ml, 330ml e lata.
O estilo "Schwarzbier" agora vem impresso no rótulo da cerveja!
Seguem as impressões:

Bohemia Escura

Família – Lager
Estilo – Schwarzbier
Teor e álcool – 5,0%
Cor – Marrom intenso, quase preto
Espuma – Bege, boa formação e pouca duração.
Aroma – Doce, caramelo/toffee, malte torrado.
Sabor – Corpo médio, levemente amarga, caramelo, doce, malte queimado com final levemente adstringente.
Veredicto – Boa opção para iniciar a aventura no mundo das cervejas.

Krombacher Pils

Pilsen, pilsener, pils ou pilsner são sinônimos de um estilo de cerveja que teve sua origem na hoje República Tcheca, na cidade de Pilsen, em 05 de outubro de 18­­­­­­­42, daí o nome do estilo. O mestre-cervejeiro Groll, que desenvolveu a pilsen, nasceu em 21 de agosto de 1813. É o único estilo de cerveja que se conhece a data da criação e seu criador.
As cervejas brasileiras mais comuns anunciadas como pilsen não são fiéis ao estilo que exige a presença intensa de malte e lúpulo equilibrados normalmente com aroma de pão/biscoito.
A Krombacher Pils é um exemplo de pilsen, assim como a Heineken, muito conhecida, que também se aproxima bem do estilo.
Hoje, temos as brasileiras Wäls Pilsen e Abadessa Slava Pils (muito boa) que são excelentes representantes do estilo. Tratarei de todas elas em posts futuros. Não se preocupem!
E, claro, não poderia deixar de citar a “mãe das Pilsen” , a cerveja Urquell, da República Tcheca, que é maravilhosa!!!!
Vamos às impressões da Krombacher, cerveja alemã que segue a Lei da Pureza de 1516, produzida pela cervejaria de mesmo nome.

Krombacher Pils

Família – Lager
Estilo – Pilsen
Teor de álcool – 4,8%
Cor – Amarelo-ouro, dourada.
Espuma – Cremosa, firme e intensa.
Aroma – Lúpulo e malte , pão
Sabor – Corpo médio, carbonatada, malte e amargor intensos com “after taste” agradavelmente amargo.
Veredicto – Boa cerveja pilsen. Honra o estilo!

Vitus X Aventinus

Tive o prazer de degustar mais uma vez duas cervejas alemãs muito boas do estilo weizenbock (bock de trigo). Tanto a Weihenstephaner Vitus (lançada no início de 2007) como a Schneider Aventinus são muito complexas em aroma e sabor e seguem a Lei da Pureza alemã de 1516. Duas peculiaridades: a Vitus é produzida pela cervejaria mais antiga do mundo ainda em atividade, a Weihenstephan (desde 1040 fazendo obras de arte); a receita da Aventinus foi desenvolvida em 1907 por uma mulher, a mestre cervejeira Mathilde Schneider. Realmente duas preciosidades... Seguem impressões:


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Weihenstephaner Vitus

Família - Ale

Estilo - Weizenbock

Teor de álcool - 7,7%

Cor - diferentemente de todas as bocks de trigo que conheço, tem uma cor clara, amarelo cor de mel, turva pela presença de fermento.

Espuma - Cremosa com boa formação e duração.

Aroma - Banana, cravo, malte, fermento, pão.

Sabor - Cravo, doce, banana, álcool discreto, fermento, picante.

Veredicto - Cerveja bastante encorpada. Minha preferida do estilo!

 

 

Schneider Aventinus

Família - Ale

Estilo - Weizenbock

Teor de álcool - 8,2%

Cor - Castanho bem escuro.

Espuma -Bege, cremosa, ótima formação e boa duração.

Aroma - Ameixa, complexa, amargor suave, fermento, passas, licor.

Sabor - Ameixa, malte, chocolate, amargor suave de lúpulo.

Veredicto - Bela cerveja! Bastante encorpada, mas sou mais a Vitus!! Apenas questão de gosto!
 

Leffe Blonde

Eis a primeira degustação de tantas que virão... Veja que beleza!!!! Trata-se da Leffe Blonde, uma cerveja tipo abadia.

A abadia de Notre-Dame de Leffe foi fundada em 1.152 às margens do rio Meuse, na província de Namur, região sudoeste da Bélgica. O local, chamado Valônia, é umas das três regiões autônomas do país e a língua oficial é o francês. Utilizando receitas passadas de geração em geração e ingredientes nativos da região, os canônicos desenvolveram uma receita única de cerveja.
Após inúmeras interrupções na fabricação de cervejas, devido a enchentes, fogo e guerras, os monges de Leffe retornaram a produção em 1952. Atualmente, a marca pertence a InBev e são produzidos cinco estilos de cerveja, sendo que somente são importadas para o Brasil a Blonde, Brune e Radieuse. As impressões:

Leffe Blonde
Família - Ale
Estilo - Abadia (Blonde)
Teor de álcool - 6,6%
Cor - Dourada vibrante, límpida.
Espuma - Boa formação e pouca/média duração, cremosa.
Aroma - Frutada, doce, especiarias, cravo.
Sabor - Malte, cravo, frutada e cítrica, final agradavelmente amargo.
Veredicto - Boa cerveja com preço bastante razoável. É uma cerveja ideal para o "dia-a-dia".

Inauguração!!!!!!!!!

Em uma das minhas idas pra Monte Verde/MG, tive o prazer de provar uma cerveja totalmente diferente das nossas "pilsens". Experimentei uma cerveja tipo Stout, da Baden Baden (cervejaria de Campos do Jordão/SP).

Desde então passei a estudar e, claro, degustar cervejas!!! Não imaginava a complexidade do assunto que aos poucos foi me cativando!!!

Hoje, inauguro este blog onde postarei minhas impressões sobre cervejas que degustei e degustarei!

Espero que possa ajudar na escolha de sua próxima garrafa!

Saúde!!