30 de setembro de 2008

Temperaturas de Serviço

Em tempo gostaria de esclarecer que as temperaturas de serviço que indico como ideais para consumo das cervejas postadas, nem sempre são aquelas indicadas pela própria cervejaria ou por outros cervejólogos ou mestres cervejeiros.
Quem estuda cerveja há algum tempo, sabe que para cada estilo existe uma temperatura específica de degustação que muitas vezes varia de um mínimo “x” a um máximo “y”.
Michael Jackson, não aquele que dá pulinhos e pensa que é lobisomem, mas o falecido (em 30/08/2007) beer hunter, sugere, por exemplo, a temperatura de 15 a 18 graus para degustar a belga Leffe Radieuse. Não devemos ser tão rigorosos, podendo bebê-la a 12 ou 13 graus, talvez até a 7 graus. Não seria justificado porém, consumi-la a uma temperatura de 4 graus. O importante é sempre degustar uma cerveja em temperatura que seja possível sentir todo o aroma e sabor que o estilo pode proporcionar. Nunca, nunca, estupidamente gelada!! Isso é totalmente reprovável, mesmo em se tratando de uma pilsen!!
Portanto, apreciem suas cervejas sempre observando as temperaturas razoáveis e em companhia de pessoas especiais. Desta forma sempre terão uma experiência prazerosa.
Abaixo segue tabela de Michael Jackson adaptada para o clima e gosto brasileiros, que pode ajudar na hora de degustar sua cerveja, mas lembre-se, serve apenas para nortear:

-de 2 a 4°C: Pale Lagers, cervejas de trigo claras, inclusive as belgas (estas a 4 graus), cervejas sem álcool e qualquer cerveja que tenha o objetivo de refrescar.
-de 5 a 7°C: Lambics de fruta e Gueuzes, Pale Ale, Helles, Vienna
-de 8 a (10º ou 12°C): Lagers Escuras, Amber Ale, Trigo Escuras, Porter, Stout, Strong Ales claras, Tripel, Dubbel e Bock.
-de 13 a 16°C: Quadrupel, Strong Ales Escuras, a maioria das cervejas especiais Belgas (incluindo as Trapistas), Eisbock e a Doppelbock.

29 de setembro de 2008

Baden Baden Weiss

Com a degustação desta cerveja de trigo da Baden Baden, fico aguardando apenas a cerveja de Natal para encerrar o ciclo de degustação dos produtos da cervejaria de Campos do Jordão. A Baden Baden já fabricava uma cerveja de trigo, estilo american wheat, a conhecida Celebration Verão. Em 2008 lançou a Weiss, cerveja mais próxima das de trigo alemãs. Esta cerveja, assim como a Baden Baden Tripel (sazonal), foram produzidas depois da aquisição da Baden pelo grupo Schincariol. Seguem as impressões:

Baden Baden Weiss
Família – Ale
Estilo – Weizenbier
Teor de álcool – 5,2%.
Temperatura de serviço – 4 graus.
Cor – Laranja escuro/cor de mel, turva.
Espuma – Boa formação e média duração, cremosa.
Aroma – Pouco cravo, banana pronunciado, doce.
Sabor – Suave, banana, pouco cravo, boa carbonatação, corpo médio, com final levemente doce.
Veredicto – Mais gostosa que sua prima-irmã, a Celebration Verão. Mais escura e mais suave que a maioria das cervejas claras de trigo. Vale dizer que esta Baden Baden Weiss segue a lei de pureza alemã de 1516. Existem cervejas do estilo bem melhores e com preços mais razoáveis no mercado.

27 de setembro de 2008

Eisenbahn Strong Golden Ale

Hoje apresento a todos uma das melhores cervejas produzidas pela Eisenbahn: a Strong Golden Ale. É uma bela cerveja, bastante aromática e com sabor vibrante. O Thiago, um grande amigo, também advogado e também apreciador da boa cerveja, gostou muito desse estilo da escola belga. Um brinde ao Thiago e a sua esposa, Patrícia!
As impressões:

Eisenbahn Strong Golden Ale
Família – Ale.
Estilo – Strong Golden Ale.
Teor de álcool – 8,5%
Temperatura de serviço – 6 a 10 graus.
Cor – Laranja, média turbidez.
Espuma – Média formação e duração, cremosa e bege clara.
Aroma – Cítrico, fermento, malte, doce, (especiarias – cravo?).
Sabor – Frutas cítricas – laranja, doce do malte, leve álcool, bem carbonatada e encorpada, (cravo?).
Veredicto – Boa cerveja!! Muito saborosa e marcante, honrando o estilo. Boa pra acompanhar pratos condimentados.

26 de setembro de 2008

Cervejas Grimbergen

A pequena Abadia da cidade de Grimbergen em Flemish Brabant, região norte de Bruxelas/Bélgica, foi fundada em 1128 por Saint Norbert.
Destruída pelo fogo, foi reconstruída em 1629, quando adotou a fênix como símbolo, que pode ser vista nos vitrais da Abadia e nos rótulos das suas garrafas.
A Abadia foi saqueada depois da Revolução Francesa sendo restaurada em 1845. Novamente estabilizada, a comunidade monástica licenciou a cervejaria Janssens and Peeters para produzir em maior escala as cervejas Grimbergen.
Hoje as cervejas Grimbergen são produzidas pela cervejaria Alken-Maes.
Cinco são as cervejas produzidas pela Alken-Maes: Blonde, Double, Triple, Optimo Bruno e Cuvee L’Ermitage, cerveja de inverno com 7,5% de álcool e notas de chocolate. Todas estão disponíveis no Brasil. As impressões da Grimbergen Blonde e Double:

Grimbergen Blonde
Família – Ale
Estilo – Abadia (Blonde/Belgian Strong Ale)
Teor de álcool – 6,7%
Temperatura de serviço – 6 a 8 graus
Cor – Dourada/alaranjada, límpida.
Espuma – Boa formação e média duração.
Aroma – Cítrico, fermento, pouco cravo/especiarias, pouco doce.
Sabor – Corpo médio, boa carbonatação, doce, maçã, final seco, com after taste, de baunilha e maça.
Veredicto – Fácil de beber. Três ou quatro garrafinhas descem tranqüilo junto com um bom papo, mas não é marcante. Não mostra os 6,7% de teor alcoólico que possui.Tem antioxidante e cereais não maltados. Também classificada como Strong Ale.


Grimbergen Double
Família – Ale
Estilo – Abadia (Dubbel)
Teor de álcool – 6,5%
Temperatura de serviço – 10 a 12 graus
Cor – Marrom avermelhado.
Espuma – Ótima formação e duração, muito cremosa, bege.
Aroma – Fermento, torrado, notas de café, ameixa, doce do malte.
Sabor – Encorpada, média/baixa carbonatação, ameixa, caramelo, malte torrado.
Veredicto – Fácil de beber e não mostra seus 6,5% de álcool também. Gostosa e com mais personalidade que a Blonde. Tem corante caramelo e antioxidante.

23 de setembro de 2008

Eisenbahn Weizenbock

Weizenbock é um dos estilos que aprecio bastante. Seguem as impressões do referido estilo da Eisenbahn, lembrando que um pouco da história da cervejaria encontra-se no post anterior:

Eisenbahn Weizenbock
Família – Ale.
Estilo – Weizenbock.
Teor de álcool – 8,0%
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Castanho muito escuro/marrom.
Espuma – Boa formação e duração, bege.
Aroma – (Cravo, banana?), doce, malte caramelo, frutada.
Sabor – Bom corpo, boa carbonatação, doce do malte caramelado, leve amargor final e malte tostado.
Veredicto – Ótima bock de trigo nacional. Não é a toa que ganhou medalha de bronze no European Beer Star em 2007, um dos maiores e mais prestigiados concursos de cerveja do mundo, na Alemanha. Também participou do Australian International Beer Awards em março de 2008 ganhando medalha de prata.

18 de setembro de 2008

Jenlain Blonde

Existem cervejas que são únicas por serem muito boas ou ruins. Esta cerveja é verdadeiramente muito boa e foi eleita Sabor do Ano na França em 2006.
Quando tive o primeiro contato com as cervejas da Brasserie Duyck , que é a líder em vendas de cervejas especiais na França, produzindo cervejas somente com água, malte, lúpulo e levedura, sem aditivos ou conservantes fui, digamos assim, preconceituoso! Mas os produtos dessa cervejaria foram surpresas muito agradáveis.
Outras informações da Duyck podem ser lidas no post do dia 13/08/2008.
Seguem as impressões da Jenlain Blonde:

Jenlain Blonde
Família – Ale
Estilo – Biere de Garde
Teor de álcool – 7,5%
Temperatura de serviço – 6 a 8 graus
Cor – Laranja intenso, levemente turva pelo fermento.
Espuma – Boa formação e média duração, cremosa.
Aroma – Cítrico, doce do malte, licoroso, (álcool?).
Sabor – Encorpada, média carbonatação, cítrico (laranja), álcool persistente, cravo, fermento, doce do malte com final amargo.
Veredicto – Mais gostosa e menos doce que a Ambrée. As cervejas Jenlain são realmente muito boas. É importante dizer que as rolhas saem com muita facilidade, diferentemente de outras cervejas rolhadas que exigem um certo esforço. Alguns profissionais do ramo classificam essa cerveja como pale ale.

Cervejas Eisenbahn

Sob o comando de um mestre cervejeiro alemão com 30 anos de experiência, em julho de 2002 nasce a Cervejaria Sudbrack, em Blumenau/SC, com a marca Eisenbahn que significa ferrovia em alemão. Inicialmente produziu três estilos de chopp: Pilsen, de origem Tcheca; Dunkel, de origem alemã; e Pale Ale, de origem belga.
Em 2003 lança o Weizenbier, chopp de trigo originário da Alemanha e em seguida a Weihnachts Ale, uma cerveja sazonal produzida em comemoração ao Natal, tradição vinda também da Alemanha.
Em 2004 é produzida a primeira cerveja orgânica do Brasil, a Eisenbahn Natural e a Weizenbock, uma bock de trigo.
Em 2005 é lançada a Kölsch, cerveja originária da cidade de Colônia, também na Alemanha e a Rauchbier, primeira cerveja brasileira feita com maltes defumados.
Já em 2006 a Eisenbahn lança a Strong Golden Ale, de inspiração belga e a Eisenbahn Lust, cerveja produzida pelo mesmo método de fabricação dos champanhes franceses, sendo a terceira do estilo no mundo e a única no Brasil.
Em Julho de 2007 ao completar 5 anos de existência, lança a Eisenbahn 5, cerveja do estilo Vienna Red comemorativa do aniversário. E em dezembro, lança a Lust Prestige, uma versão mais aprimorada da Lust, que tem um ano de maturação ao invés de três meses.
Por fim, em 2008, já pertencendo ao grupo Schincariol, disponibiliza a cerveja Oktoberfest, uma märzen sazonal. Degustei todas elas e postarei hoje, a Eisenbahn Natural e a Rauchbier, que seguem a lei de pureza alemã como todas as Eisenbahn, com exceção da Lust e da Prestige. As impressões:

Eisenbahn Natural
Família – Lager
Estilo – Pale lager (produzida com ingredientes orgânicos).
Teor de álcool – 4,8%
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Amarelo/ouro.
Espuma – Boa formação e duração, cremosa.
Aroma – Lúpulo, malte, cereais, doce.
Sabor – Média carbonatação, corpo médio, malte e lúpulo equilibrados com final levemente amargo.
Veredicto – Boa cerveja. Bastante saborosa sendo melhor que a própria pilsen da Eisenbahn, embora seja uma pale lager.

Eisenbahn Rauchbier
Família – Lager
Estilo – Rauchbier
Teor de álcool – 6,5%
Temperatura de serviço – 6 a 8 graus.
Cor – Âmbar escuro
Espuma – Ótima formação e duração, cremosa, bege.
Aroma – Bastante defumado, malte, doce.
Sabor – Média carbonatação com corpo médio/leve, defumado com amargor final.
Veredicto – Não há muito a dizer. É uma rauchbier, originária de Bamberg, na Alemanha, cerveja feita com maltes defumados. E o que se destaca é isso, o defumado!! Boa para harmonização com charutos e pratos também defumados.
OBS - Postado em 22/09/2008 (Erro do Blog)

17 de setembro de 2008

Baden Baden Tripel

Estou quase concluindo a degustação de todas as Baden Baden. Consegui duas garrafas da famigerada Baden Tripel de núneros 1.882 e 2.258 de 2.500 produzidas. A segunda com kit completo (cerveja + taça + caixa metálica). Já imaginava o que esperar desta cerveja. Não chegou a ser uma decepção, mas não empolgou! A garrafa 1.882 será degustada futuramente com o objetivo e esperança de que haja uma evolução pra melhor dessa cerveja, que foi uma grande “empreitada” da Schincariol.

A linda caixa metálica que acondiciona a também linda garrafa de cerâmica produzida pela Ceramarte de Rio Negrinho/SC, acompanhada da taça, nem tão bonita, que complementa o Kit.

As impressões:

Baden Baden Tripel
Garrafa nº 2.258 (degustada em 13/09/2008)

Família – Ale
Estilo - Tripel
Teor de álcool – 14,0%
Temperatura de serviço – 10 a 12 graus
Cor – Rubi, avermelhada, límpida, bela cor.
Espuma – Média formação e média/pouca duração.
Aroma – Avelã, uva, doce, álcool, frutado.
Sabor – Quente, licorosa, corpo médio com média cabonatação, doce, frutada, álcool, uva, “vinho”, bastante complexa.
Veredicto – Cerveja nacional mais forte do mercado. Tripel ??? Não sei! Tripel porque passou por um processo de três fermentações ?? Não me fez lembrar de outra do estilo. Mas sabe-se também que este tema é polêmico. Já esperava que não seria tão maravilhosa... Sensorialmente não vale seu preço: em média R$ 140,00, em caixa metálica com copo e R$ 75,00 só a garrafa. Porém, a embalagem, garrafa e tampa (flip top), além do tempo de maturação (15 meses) e, principalmente, a iniciativa da Baden Baden depois de sua venda para a Schincariol, talvez justifique o preço.

16 de setembro de 2008

Erdinger Pikantus

Já comentei um pouco sobre a cervejaria Erdinger em post do dia 27/07/2008. Hoje apresento sua versão bock de trigo, a Erdinger Pikantus. É uma cerveja bem marcante pra pessoas que gostam da bebida. É forte e encorpada como exige o estilo. Aliás, trata-se de um estilo que aprecio bastante. Seguem as impressões desta weizenbock:

Erdinger Pikantus
Família – Ale
Estilo – Weizenbock
Teor de álcool – 7,3%
Temperatura de serviço – não menos que 6 graus
Cor – Castanho bastante escuro/marrom.
Espuma – Bastante cremosa com boa formação e ótima duração, bege.
Aroma – Malte torrado, ameixa, fermento, doce, caramelo.
Sabor – Malte torrado, ameixa seca, encorpada, doce, bem carbonatada, residual amargo leve.
Veredicto – Uma das melhores weizenbock que experimentei! Só fica atrás da Vitus! Como já disse, questão de gosto. Como todas as outras cervejas Erdinger, esta também segue a lei de pureza Alemã.

15 de setembro de 2008

Backer Brown aroma chocolate

Já foram degustados os estilos pale ale e trigo da Backer. Neste post avalio a Brown, que é uma cerveja de alta fermentação, ao contrário do que afirmam alguns profissionais em revistas especializadas. Um pouco da história da cervejaria Backer pode ser lida no post do dia 22/07/2008. As impressões da Brown aroma chocolate:

Backer Brown
Família – Ale
Estilo – Brown Ale
Teor de álcool – 4,8%.
Temperatura de serviço – 4 a 6 graus.
Cor – Marrom escuro.
Espuma – Boa formação e pouca duração, bege clara.
Aroma – Chocolate, doce, leve café.
Sabor – Corpo médio, gosto de chocolate inicial com suave café, média carbonatação.
Veredicto – Cerveja diferente. Para chegar no sabor bastante forte e notável de chocolate utiliza-se aroma natural de .... adivinhem???CHOCOLATE. É uma boa opção para acompanhar sobremesas à base de CHOCOLATE(lógico). Conheço algumas pessoas que ficaram surpresas depois de provar esta cerveja. Vale a pena experimentar!!!

11 de setembro de 2008

Hofbräu Original - HB

A cervejaria alemã Hofbräu pertence à prefeitura de Munique e nos seus mais de 400 anos de existência, sempre foi a cerveja oficial da Corte Real Bávara. Tem em Munique, a maior choperia do mundo, o Hofbräuhaus, que recebe em média 1,2 milhões visitantes por ano onde são servidos aproximadamente 5.000 litros de chope por dia.
A Hofbräu München, carinhosamente chamada HB foi fundada em 1589 por Wihelm V, Duque da Baviera. Desde então o consumo das cervejas produzidas só aumentou contribuindo para a mudança da fábrica de local seguida de uma grande reforma em 1896/97.
Bombardeada em 1944, na segunda guerra mundial, teve sua reconstrução iniciada logo após o final da guerra, em 1945, com a conclusão da cervejaria somente em 1958.
Uma moderna fábrica foi construída em Riem, inaugurada em 1988 com ampliação em 1995.
Essa histórica cervejaria exporta suas cervejas para o Brasil desde 2006. Bem no início era possível encontrar também suas versões de trigo e a munich dunkel. Hoje somente podemos apreciar a Original (clara de Munique) e a Oktoberfestbier (märzen). Todas seguem a lei de pureza alemã de 1516.
Degustei a Original e declino minhas impressões:

Hofbräu Original
Família – Lager
Estilo – Clara de Munique (Helles)
Teor de álcool – 5,1%
Temperatura de serviço – 3 a 4 graus.
Cor – Dourada clara.
Espuma – Ótima formação e boa duração.
Aroma – Lúpulo, frutado, pouco malte.
Sabor – Corpo médio, boa carbonatação, início amargo do lúpulo com final doce de malte, picante.
Veredicto – Muito boa cerveja para os apreciadores desse estilo! Vale a pena experimentar para perceber a diferença desta para uma pilsen.

9 de setembro de 2008

Amsterdam Maximator

As cervejas Amsterdam são um tanto quanto interessantes. Desde que desembarcaram da Holanda até hoje, ainda não consegui sentir nada de especial nelas, a não ser álcool e açúcar. Com exceção da Mariner, uma pale lager, que é a menos pior de todas.
Claro que degustarei todas elas para o Santa Cerveja !!, mas será uma por vez para parcelar o sofrimento...
Iniciei a tortura pela mais forte delas, a Amsterdam Maximator. Futuramente, analisaremos as outras quatro disponíveis no Brasil: Navigator, Explorator, Mariner e Liberator. Qualquer lembrança das “Organizações Tabajara” é mera coincidência, embora as cervejas sejam uma piada, de mau gosto! Seguem as impressões da Maximator:

Amsterdam Maximator
Família – Lager
Estilo – Malt Liquor.
Teor de álcool – 11,67%
Temperatura de serviço – O mais gelado possível para “amenizar a dor” (2 graus é razoável)
Cor – Dourada.
Espuma – Ótima formação e duração, cremosa.
Aroma – Álcool adoidado, pouquíssimo malte.
Sabor – Álcool, álcool e álcool. Depois doooooce, quentíssima, claro!! Pouca carbonatação e médio corpo. Muito licorosa, daí talvez, o nome do estilo.
Veredicto – Cerveja totalmente desequilibrada. Somente é possível sentir o álcool e muito doce. Não é um estilo que me agrada, mas como já disse antes, gosto é gosto!!!!!

5 de setembro de 2008

Cervejas Wäls

A cervejaria Wäls nasceu no final dos anos 90 produzindo exclusivamente uma cerveja do estilo Dubbel. Hoje conta com mais duas no time, a Wäls Pilsen e a Wäls Trippel. E está previsto para outubro deste ano o lançamento da Wäls Quadruppel.Os fundadores da Wäls, de tradição cervejeira, escolheram a região da Pampulha em Belo Horizonte/MG, para a sua planta industrial. Diferente do conceito de cervejaria no Brasil, com poucas e imensas fábricas e mercado monopolizado, foi desenvolvido o padrão Europeu, conservando a técnica e o purismo da produção de cervejas especiais para apreciadores também especiais.
Realmente a cervejas Wäls são diferentes, pra melhor. As garrafas, principalmente as rolhadas de 750ml e as de 355ml, são uma charme à parte.
As três cervejas superam e muito qualquer expectativa. Parabéns para a Wäls que demonstrou o talento brasileiro de produzir ótimas cervejas. Degustei os três estilos disponíveis e descrevo abaixo minhas impressões:

Wäls Dubbel
Família – Ale
Estilo – Dubbel
Teor de álcool – 7,5%
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus (no rótulo, 9 graus)
Cor – Marrom escura, quase preta.
Espuma – Ótima formação e boa duração, dourada.
Aroma – Malte torrado, caramelo, doce, (levíssimo álcool?).
Sabor – Encorpada, média carbonatação, malte tostado, leve café, caramelo, (frutas pretas?), levíssimo amargor final com torrado do malte .
Veredicto – Muito boa Dubbel. Uma das minhas preferidas do estilo, que é o meu preferido!!! Entendeu??!!! rsrsr


Wäls Trippel
Família – Ale
Estilo – Tripel
Teor de álcool – 9,0%
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus (no rótulo, 9 graus)
Cor – Laranja, turva
Espuma – Ótima formação e duração, muito cremosa.
Aroma – Cítrico, álcool, fermento, frutas, especiarias.
Sabor – Encorpada, média carbonatação, frutas cítricas, pêssego, damasco, fermento, álcool, leve amargor final.
Veredicto – Excelente cerveja tripel. Assim como a dubbel, faz jus ao seu estilo. Complexa e forte como deve ser embora as especiarias sejam muito pronunciadas no aroma.


Wäls Pilsen
Família – Lager
Estilo – Pilsen /Bohemian Pilsener
Teor de álcool – 5,0%
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus (melhor a 4)
Cor – Mel alaranjado.
Espuma – Ótima formação e duração, com coloração bege bem clara.
Aroma – Pão, malte, lúpulo, biscoito, doce.
Sabor – Encorpada para uma pilsen, média /pouca carbonatação, doce, fermento, pão, malte e lúpulo equilibrados, amargor final pronunciado.
Veredicto – É a melhor “pilsen (bohemia) de verdade” que existe no Brasil feita por uma cervejaria brasileira. Nota 10 com louvor!!!!

4 de setembro de 2008

Bohemia Confraria

A Família Bohemia é composta por quatro cervejas: Bohemia Escura e Bohemia Weiss (já degustadas e analisadas pelo Santa Cerveja !!), Bohemia Pilsen e Bohemia Confraria, sem falar da “falecida” ale inglesa, Bohemia Royal Ale.
A Bohemia Confraria foi lançada em 2005 como mais uma edição especial e limitada, a partir de uma receita nascida na idade média criada pelos monges, com toques pessoais dos mestres cervejeiros da Bohemia adicionando aveia, por exemplo.
Os Monges europeus, no século XI, foram os responsáveis pela adição do lúpulo na cerveja que deu à bebida sabor e aroma diferenciados.
Hoje, embora traga em seu rótulo a expressão “Edição Limitada”, a Bohemia Confraria faz parte da linha de produção da AmBev. Seguem as impressões desta boa cerveja:

Bohemia Confraria
Família – Ale
Estilo – "Tipo Abadia"-blond (também classificada como specialty beer)
Teor de álcool – 6,2%
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Castanho médio com levíssima turbidez.
Espuma – Boa formação e duração. Espuma tipo chantily.
Aroma – Especiarias (cravo), doce, toffee.
Sabor – Média carbonatação, médio corpo/encorpada, cravo, caramelo, frutada, com final macio.
Veredicto – É muito boa cerveja que abriu caminho para outros estilos mais audaciosos. Andou sumida por uns dois meses e voltou. Que bom !! Minha mãe, D. Regina, gosta muito da Confraria. Um brinde mãe!!!! Uma ótima cerveja pra quem está debutando no mundo das loiras, morenas e ruivas. Vejam que a classifiquei como "tipo abadia", porque não se trata de uma verdadeira versão do estilo.

1 de setembro de 2008

Morland Old Speckled Hen

A Greene King, localizada em Bury St Edmunds, Suffolk, Inglaterra, é uma das mais tradicionais cervejarias da Europa, responsável pela produção de marcas premiadas em todo o mundo, dentre elas a Old Speckled Hen que pode ser encontrada em lata ou garrafas de 500ml ou 330ml.
A Old Speckled Hen atingiu o estatus de líder de mercado no setor de “premium ale” desde seu lançamento (off-trade) em 1993 no Reino Unido. Esta cerveja é encontrada a venda em mais de 40 países espalhados pelo mundo.
A última novidade da cervejaria inglesa a chegar no Brasil é a Hen's Tooth, uma ale tradicional, apontada pela própria Greene King como Real Ale.
Vamos as impressões da Speckled:

Morland Old Speckled Hen
Família – Ale
Estilo – Bitter Ale (também classificada como English Pale Ale)
Teor de álcool – 5,2%
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus
Cor – Cobre. límpida.
Espuma – Ótima formação e duração, cremosa. Excelente creme.
Aroma – Frutado, lúpulo floral, malte, caramelo.
Sabor – Corpo médio, agradavelmente amarga, com média carbonatação, malte caramelado, com final amargo.
Veredicto – Esta e a Abbot Ale, são as melhores cervejas produzidas pela cervejaria inglesa Greene King. Claro que sem falar da Strong Suffolk Vintage Ale. Glórias a espuma que é deliciosamente cremosa. David Kenning, em seu livro "Beers of The World", entende que esta cerveja trata-se de uma english pale ale e não bitter ale.