31 de dezembro de 2010

La Goudale

Última postagem no último dia do ano de 2010. E pra combinar, posto a última cerveja da francesa Gayant. Seguem as impressões da La Goudale, desejando a todos os amigos do Santa Cerveja !! um ótimo 2011 com a geladeira cheia de boas cervejas:

La Goudale
Deg. 11/12/2010
Família – Ale
Estilo – Bière de Garde.
Teor de álcool – 7,2 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Alaranjada, límpida.
Espuma – Boa formação e média duração, bege clara, fina camada persistente.
Aroma – Cítrico, doce, maltes, levemente frutada, (laranja?), coentro, álcool sutil.
Sabor – Médio corpo e média/baixa carbonatação, leve álcool, leve amargor, média adstringência, doce, especiarias, coentro, leve acidez.
Veredicto – Notas que chamamos de “fazenda” (couro, caprílicas) que são comuns ao estilo, dão o ar da graça de forma tímida nesta versão da Gayant. Mas a acidez e álcool aparecem como se espera em uma bière de garde. Nesta farmhouse ale o que comanda é o dulçor no aroma e sabor seguido do cítrico. Não gosto de dizer, mas é totalmente dispensável. Pra piorar, é cara demais. Como curiosidade, trigo, arroz, açúcares, casca de laranja e coentro se misturam nesta receita.

27 de dezembro de 2010

Saint Landelin Blonde e Saint Landelin Ambrèe

Vou indo de Gayant, a cervejaria francesa que admirei antes de conhecer e me decepcionei um pouco quando provei suas cervejas, embora os rótulos sejam muito bem produzidos. As versões que posto hoje, consideradas de abadia, tem história protagonozada pelos monges que decidiram construir uma fábrica de cerveja no local exato onde o fundador do monastério, St. Landelin, descobriu uma fonte de água mineral natural. As Saint Landelin são encontradas nas versões dourada ou âmbar. Consideradas uma das "Grandes Damas" do Norte, foram homenageadas como as melhores cervejas da França por Gault Millau, em 1978 (mesmo ano em que o Guarani Futebol Clube foi campeão brasileiro, Da-lhe Bugre!!!!!). No meu entender onde gosto é gosto, seguem as impressões da Saint Landelin Blonde e da Saint Landelin Ambrèe:

Saint Landelin Blonde
Deg. 10/10/2010
Família – Ale
Estilo – Blond Ale (abadia).
Teor de álcool – 6,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a7 graus.
Cor – Dourada/alaranjada, límpida.
Espuma – Boa formação e boa/média duração, bege bem claro, cremosa.
Aroma – Cítrico, especiarias, coentro, doce, maltes, notas sutis de álcool.
Sabor – Médio/leve corpo e média carbonatação, doce dos maltes, leve cítrico, leve maçã madura, leve e agradável amargor final de lúpulo com doce dos maltes, levíssimo álcool.
Veredicto – Boa blond ale. Bastante equilibrada. Percebi a maçã, não como defeito sensorial, mas que também não é comum ao estilo. “Delicada” resume esta versão da Gayant. Esta cerveja leva em sua receita especiarias, arroz e trigo. O problema da maioria das cervejas francesas e italianas é o preço!!! Caras demais.

Saint Landelin Ambrèe
Deg. 06/11/2010
Família – Ale
Estilo – Belgian Specialty Ale - abadia (também classificada como dubbel).
Teor de álcool – 6,5 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Vermelho-alaranjado, límpida.
Espuma – Boa formação e duração, bege clara.
Aroma – Oxidação evidente. Encobre outros aromas. Forçando, encontra-se levíssimo torrado, doce e frutado. Notas muito leves de pimenta.
Sabor – Médio corpo e média/baixa carbonatação, oxidação no sabor também, cítrica, doce.
Veredicto – Amostra que apresentou defeito sensorial grave. Extremamente oxidada. Todos os aromas e sabores que descrevi foram percebidos com doses de boa vontade. O aroma predominante lembra papelão. Precisarei de outra garrafa para a prova final. Glórias para o creme que se forma e se mantém com classe!!!

23 de dezembro de 2010

Theresianer Premium Pils, Pale Ale e Vienna

Embora esteja descontente com os preços praticados por cervejarias italianas, esta é uma exceção. A Cervejaria italiana Theresianer (que valoriza seus produtos dentro da normalidade) foi fundada no ano de 1766, em Trieste. Nessa época, parte da cidade integrava o império austro-húngaro. Assim, com a imigração dos austríacos, a cultura cervejeira da Áustria também se estabeleceu em terras italianas. O nome da cervejaria se deu em razão do burgo Teresiano, bairro onde surgiu a primeira fábrica de cervejas da Itália, com licença concedida por Maria Teresa da Áustria. Três versões da Theresianer estão disponíveis no Brasil e todas cumprindo a Lei de Pureza Alemã de 1516. Seguem as impressões da Theresianer Premium Pils, Theresianer Pale Ale e da Theresianer Vienna:

Theresianer Premium Pils
Deg. 18/09/2010
Família – Lager
Estilo – German Pils.
Teor de álcool – 5,0 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourada clara, límpida.
Espuma – Boa formação e média duração, cremosa.
Aroma – Malte, cereais, leve lúpulo.
Sabor – Leve corpo e boa carbonatação, amargor de lúpulo acentuado equilibrado pelo doce do malte, cereais, seca, final amargo persistente com retrogosto amargo de lúpulo.
Veredicto – Muito boa cerveja italiana. É gratificante quando você não espera muita coisa e a cerveja surpreende. Serve pra aprender que não se deve ter preconceito, nunca!!! Boa german pils com quase todas as características do estilo.



Theresianer Pale Ale
Deg. 18/09/2010
Família – Ale
Estilo – American Pale Ale.
Teor de álcool – 6,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Dourada intensa, límpida.
Espuma – Média formação e pouca duração, bege bem clara.
Aroma – Doce, frutada, cítrico do lúpulo, caramelo.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, amargor de lúpulo, doce, maltada, final doce com leve amargor bastante longo.
Veredicto – Também é uma boa versão da cervejaria italiana. Porém. A pilsen da Theresianer é melhor. Achei que o dulçor passa um pouco do agradável. Se fosse menos doce aumentaria minha admiração. Foge do estilo, segundo BJCP, pelo fato de ter uma retenção de espuma não muito boa.



Theresianer Vienna
Deg. 18/09/2010
Família – Lager
Estilo – Vienna Lager.
Teor de álcool – 5,3 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Castanho claro/cobre, límpida.
Espuma – Boa formação e boa/média duração, bege clara.
Aroma – Caramelo, torrado, leve lúpulo, doce, (frutas secas??).
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, malte e amargor do lúpulo equilibrados, seca, final também amargo/doce, retrogosto maltado.
Veredicto – Por fim, a versão vienna da italiana Theresianer que já recebeu duas medalhas de ouro em campeonatos. Talvez a melhor das três disponíveis no Brasil, embora seja um estilo que não é dos meus preferidos. Segue a cartilha e faz uma boa vienna lager.

20 de dezembro de 2010

Bière du Desert

Como estou embalado, mais uma da francesa Gayant. Seguem as impressões da Bière du Desert:

Bière du Desert
Deg. 25/09/2010
Família – Lager
Estilo – Specialty Beer.
Teor de álcool – 7,2 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Dourado intenso, límpida.
Espuma – Ótima formação e boa duração, cremosa, firme.
Aroma – Lúpulo herbal, doce de malte.
Sabor – Leve corpo e média carbonatação, refrescante, certa adstringência, doce do malte, levíssimo amargor com final doce.
Veredicto – Cerveja de aroma pobre mas agradável. Não mostra os 7,2% de álcool que tem. Aliás, tem bom drinkability. Excelente creme! E só!!!! Não diz a que veio e ainda é cara demais para o que apresenta. A cervejaria diz que esta versão é a champagne de cerveja. Não sei da onde essa idéia!!!!

17 de dezembro de 2010

La Bière du Demon

Vou continuando com as francesas da Gayant. Seguem as impressões da La Bière du Demon (que segue a linha das strong golden ale, evocando o anticristo para batizar a cerveja, sempre baseando-se na precursora, a Duvel), considerada a cerveja mais forte da França:

La Bière du Demon
Deg. 25/09/2010
Família – Ale
Estilo – Strong Golden Ale.
Teor de álcool – 12,0 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Amarelo-ouro, límpida.
Espuma – Boa formação e boa/média duração, cremosa.
Aroma – Doce, levíssima laranja, álcool, cítrica.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, doce, álcool, final doce.
Veredicto – Até que o álcool aparece pouco considerando os 12% ABV. Totalmente dispensável. Outra versão da cervejaria francesa com aroma e sabor pobres. Fiquei na dúvida quanto a classificação desta cerveja, mas acabei por entender estar mais próxima de uma strong golden ale, como é o entendimento da maioria.

15 de dezembro de 2010

Gouden Carolus Christmas

Quer um Natal feliz??? Então me escute: NÃO DEIXE DE DEGUSTAR a maravilhosa versão para as festas da Gouden Carolus produzida todo ano no final de agosto pela belga Het Anker!!! A Gouden Carolus Christmas foi medalha de prata na Word Beer Cup, em 2004, na categoria strong dark ale. Mas vale dizer que cada ano ela se mostra diferente. É uma cerveja sazonal e normalmente apresenta variações. A que degustei para a postagem foi produzida em 2008. Simplesmente divina!!! Não há dúvida que existem “cervejas de guarda”. Seguem as impressões da Gouden Carolus Christmas:

Gouden Carolus Christmas
Deg. 10/12/2010
Família – Ale
Estilo – Strong Dark Ale.
Teor de álcool – 10,5 %.
Temperatura de serviço – 8 a 12 graus (o rótulo indica de 9 a 12 graus)
Cor – Marrom com reflexos avermelhados/rubi.
Espuma – Média formação e duração, cor de cappuccino, cremosa.
Aroma – Chocolate, caramelo, café, frutas secas, nozes, frutas vermelhas e escuras, uvas passas, cereja, amadeirada, leve álcool, especiarias, pimenta-do-reino, complexo.
Sabor – Médio corpo/encorpada e baixa carbonatação, aveludada, álcool mais presente que no aroma, porém não agressivo, “sensação quente”, doce, café e chocolate, frutas secas, nozes, cerejas, uvas frescas, vinho do Porto, adstringente.
Veredicto – É a prova da evolução na garrafa!!!! Dormindo em minha adega desde metade de 2009 com “vencimento” previsto para 23/07/2012, resolvi prova-la. Uma das melhores cervejas da minha história com cervejas. Extremamente complexa com cada gole trazendo novas experiências. Bom, estamos falando de uma Gouden Carolus, né?? Até hoje não encontrei uma versão da cervejaria que decepcionasse. Papai Noel iria ficar doido com essa cerveja!!!! É refermentada na garrafa e utiliza açúcar e milho em sua receita. Que delícia!!!! Álcool muito bem inserido no conjunto com corpo perfeito e aroma e sabor inebriantes!! Santíssima Cerveja !!

12 de dezembro de 2010

La Divine St. Landelin e Amadeus Bière Blanche

Antes de mais uma cerveja natalina, seguimos com mais duas francesas. Provavelmente as melhores da Gayant, com destaque para a Amadeus. Seguem as impressões da La Divine St. Landelin e da Amadeus Bière Blanche:

La Divine St. Landelin
Deg. 14/09/2010
Família – Ale
Estilo – Bière de Garde.
Teor de álcool – 8,5 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Castanho claro/dourado intenso, límpida.
Espuma – Ótima formação e ótima/boa duração, cremosa, firme, bege bem claro.
Aroma – Fermento, especiarias, doce, cítrico, “esmalte de unha”, madeira, pimenta do reino.
Sabor – Médio corpo/encorpada e baixa carbonatação, doce evidente, álcool e amargor leves, licorosa, especiaria, cravo, cítrica e frutada, adstringente, (maçã??), leve amargor final.
Veredicto – Bom belgian lace. Boa versão da Gayant no conjunto que leva trigo, arroz e especiarias na receita. Porém, as Bière de Garde da Jeinlan são mais intensas em todos os sentidos. Embora tenha apresentado alguns defeitinhos... O importante é que cada vez mais chegam novidades de todo o mundo. Ahh! Detalhes para o fechamento “flip top” (ou “swing top”) da La Divine.

Amadeus Bière Blanche
Deg. 24/09/2010
Família – Ale
Estilo – Witbier.
Teor de álcool – 4,5 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Amarelo pálido, turva.
Espuma – Boa formação e duração, branca e cremosa.
Aroma – Condimentada, noz-moscada, (manjericão?), cítrica/limão.
Sabor – Médio corpo e boa carbonatação, leve dulçor e levíssimo amargor, cítrica, limão, (erva-cidreira??), refrescante.
Veredicto – Cerveja com excelente aroma. Muito bem “temperada” com ótimo sabor tendo o cítrico no comando. Interessante que as minhas preferidas deste estilo da escola belga, são produzidas por uma cervejaria espanhola ( Inedit) e por uma francesa (Amadeus). Me passou pela cabeça esta Amadeus acompanhando uma torta de limão!!! Tenho que experimentar esse casamento!!! Santa Cerveja !!

10 de dezembro de 2010

Baden Baden Christmas Beer 2010

E vamos lá!!!! Começo tratando das “cervejas natalinas” com uma já conhecida dos seguidores deste blog. A Baden Baden Christmas Beer, em sua 5º edição, mostrou-se diferente e mais elegante, com perlage fino, lembrando e se comportando como os bons vinhos frisantes. O difícil é entender o que a cervejaria pretendeu quando classificou a versão de “cerveja extra de trigo tipo ale”??? O mais importante é que trata-se de uma simples e boa cerveja!! Seguem as impressões da Baden Baden Christmas Beer:

Baden Baden Christmas Beer 2010
5º Edição
Deg. 10/12/2010
Família – Ale
Estilo – Specialty Beer (Christmas Beer - BJCP).
Teor de álcool – 5,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Amarelo-palha, límpida, perlage fino.
Espuma – Ótima formação e boa duração, branca e cremosa tipo chantili.
Aroma – Bastante frutado, cítrico leve, doce.
Sabor – Leve corpo e ótima carbonatação, frutada, refrescante, leve dulçor, maçã madura lembrando Sidra Cereser, leve adstringência.
Veredicto – Diferente da versão degustada em 2008, está mais límpida e clara. O creme continua excelente. É realmente perfeita para as ceias de final de ano, podendo ser harmonizada com peru e panetone como já comentei em post de 2008. Leve e com carbonatação capaz de “limpar” a gordura dos alimentos. Prefira servi-la em “flautas” e você não se arrependerá com a apresentação!!!

8 de dezembro de 2010

Dado Bier Weiss

Encontrei a representante de trigo da Dado Bier no Pão de Açúcar e resolvi partir para mais uma experiência cervejeira, já que ainda não havia degustado esta versão. Seguem as impressões da Dado Bier Weiss:

Dado Bier Weiss
Deg. 14/11/2010
Família – Ale
Estilo – Weizenbier.
Teor de álcool – 5,0 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – amarelo pálido, turva.
Espuma – Média formação e pouca duração.
Aroma – Notas muito leves de banana e cítricas, certa oxidação que atrapalha os outros aromas.
Sabor – Leve corpo e média carbonatação, doce, cítrica, leve cravo.
Veredicto – Cerveja de trigo sem qualquer emoção. Já disse e repito: não concordo com cervejas do estilo em latas. Não se consegue homogeneizar o fermento com o líquido de forma correta. Pobre em aroma e sabor, além de apresentar defeito sensorial. A Dado faz cervejas melhores!!!! Claro que degustarei outra, na versão garrafa para tirar a prova.

5 de dezembro de 2010

Aecht Schlenkerla Rauchbier Weizen

Tudo bem!!! Sei que estou prometendo as cervejas de Natal, mas essas versões defumadas... Gosto mesmo de uma rauchbier, estilo que tem em suas receitas o malte defumado. Mais uma da cervejaria Schlenkerla alemã chega ao Brasil, para os aficcionados em “fumaça”. Agora tendo como base uma weizenbier. Seguem as impressões da Aecht Schlenkerla Rauchbier Weizen:

Aecht Schlenkerla Rauchbier Weizen
Deg. 27/11/2010
Família – Ale
Estilo – Weizen Rauchbier (pelo BJCP, Other Smoked Beer).
Teor de álcool – 5,1 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Castanho escuro, turva pelo fermento.
Espuma – Ótima formação e boa duração, cremosa e bege.
Aroma – Defumado bem menos intenso que na versão Märzen, leve banana, doce, nada de cravo.
Sabor – Médio/leve corpo e média carbonatação, defumado agradável, picante, fumaça, dulçor equilibrado pelo torrado dos maltes, (leve adstringência??), final adocicado e defumado.
Veredicto – Sou fã dessa cervejaria. Esta versão tem bom drinkability se comparada com a versão mais conhecida, a Märzen. O adorável sabor de fumaça me faz abrir outra garrafa. É importante dizer que os maltes defumados desta weizen são os de cevada e não os de trigo. Deve ficar uma delícia com pão de bacon. Porém, é pouco intensa, o que me faz preferir a Märzen defumada.

2 de dezembro de 2010

Mythique St. Landelin

É isso aí, dezembrão outra vez! Mas antes de iniciar com as cervejas especiais desta época do ano, aproveitei o embalo de ter falado da boa cervejaria francesa Gayant em post anterior e trouxe mais uma versão disponível pra gente aqui no Brasil. Seguem as impressões da Mythique St. Landelin (as fotos as vezes não ficam como gostaria...):

Mythique St. Landelin
Deg. 30/08/2010
Família – Ale
Estilo – Strong Golden Ale.
Teor de álcool – 7,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Amarelo, levemente turva.
Espuma – Boa formação e duração, cremosa, branca.
Aroma – Frutada, especiarias, fermento, doce, cítrica, laranja, compota de frutas.
Sabor – Médio corpo e média/alta carbonatação, doce, cítrico, frutada, maçã, leve álcool, especiarias, cravo, amargor final.
Veredicto – Boa versão francesa para este típico estilo belga. É uma cerveja elegante com adição de flores in natura que mesmo com seus 7,5% de álcool é fácil de beber. Bastante equilibrada no dulçor, amargor e com álcool bem inserido. Valeu para apagar a má impressão que ficou da cervejaria quando degustei a Tequieros. Pena que o preço é pesado.

29 de novembro de 2010

Tequieros

Cervejaria familiar independente desde 1919, que foi pioneira em novos estilos de fabricação. Les Brasseurs de Gayant, situada em Douai/ França, prepara desde ales com modernas técnicas de fermentação até a Celta, considerada a primeira cerveja sem álcool. Hoje são produzidos cerca de 190 mil hectolitros por ano, posicionando-se com 27% do mercado especial de cervejas em seu país. Várias versões chegaram ao Brasil, incluindo a Bière du Demon, intitulada a mais forte cerveja francesa com 12% de álcool. Começamos então, com as impressões da curiosa Tequieros:

Tequieros
Deg. 21/08/2010
Família – Lager
Estilo – Specialty Beer.
Teor de álcool – 5,6 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Dourado escuro, límpida.
Espuma – Boa formação e boa/média duração, cremosa.
Aroma – Doce, limão, refrigerante de cola.
Sabor – Médio/leve corpo e baixa carbonatação, muito doce, leve azedo de limão, remete à tequila, final de limão e doce.
Veredicto – Não agradou. Lembra suco de limão com um pouco de álcool. Foge da linha do que chamamos de cerveja, sendo considerada uma, somente por utilizar maltes, lúpulo e levedura. Também utiliza açúcar, ácido cítrico, aroma de limão, entre outros adjuntos. O preço então!!!!! Não vale nem de longe o que custa. Triste cerveja !! Pobre em aroma e sabor. Mas já esperava por isso!!!!!

25 de novembro de 2010

Pilsner Urquell

A cervejaria Mestansky Pivovar foi fundada em 1839, na cidade de Pilsen, da atual República Checa. Alguns anos depois de sua fundação fabricou uma cerveja dourada que recebeu o nome da cidade. Registrada como Pilsen Bier, em 1889 foi rebatizada de Pilsen Urquell Plzeñský Prazdroj. Depois de várias fusões com outras cervejarias é hoje a maior do país. Urquell é “fonte original” em alemão que era a língua oficial da Bohemia durante o império austríaco. Seguem as impressões da excelente Pilsner Urquell:

Pilsner Urquell
Deg. 10/07/2010
Família – Lager
Estilo – Bohemian Pilsner.
Teor de álcool – 4,4 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourado intenso, límpida.
Espuma – Boa formação e boa duração, firme.
Aroma – Lúpulos finos florais, maltes, doce equilibrado, mel, manteiga.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, doce de maltes, cereais, amargor dos lúpulos, tudo muito bem equilibrado, seca, amanteigada, refrescante, final amargo do lúpulo.
Veredicto – Vale pela história desta cerveja. É de qualidade, mas é uma pilsen. Ninguém espera um aroma de chocolate ou frutas vermelhas numa pilsen, certo? Notem que o amanteigado aqui não desmerece a Urquell, mas vem como mais um toque especial e necessário deste estilo excelente de cerveja. Santa Cerveja !!

22 de novembro de 2010

Petrus Aged Pale

Como escrevi em post anterior, deixei a versão mais discutida por último. Já li sobre a Petrus Aged Pale e a vi classificada como Flanders Brown Ale/Oud Bruin. Completo engano!! Cervejas do referido estilo são mais escuras e menos amargas que as Flanders Red Ale, porém, passam pelo mesmo processo de envelhecimento, só que em tonéis de aço inoxidável e não em tonéis de carvalho como no caso das Red. As flanders brown ale tem toques de chocolate, caramelo e toffee. Assim, fica claro que a cerveja ora analisada não é do estilo que alguns acreditavam. Somente o agridoce encontrado faz lembrar o estilo marrom belga. Desta forma preferi classifica-la apenas com o gênero, ou seja, trata-se de uma Sour Ale (mais perto de uma flanders red ale, por todo exposto), cerveja que tem como características principais, o “azedume” e o baixo drinkalitity. Seguem as impressões da Petrus Aged Pale:

Petrus Aged Pale
Deg. 12/06/2010
Família – Ale
Estilo – Sour Ale.
Teor de álcool – 7,3 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 (de 8 a 12 pela cervejaria).
Cor – Dourado intenso, límpida.
Espuma – Ótima formação e boa duração, bege claro.
Aroma – Vinagre, maçã, doce, madeira, (vinho branco??), cobertor de cavalo.
Sabor – Leve corpo e boa carbonatação, lembra um frisante, azedo evidente, salgada no final, retrogosto azedo e levemente doce, sem amargor.
Veredicto – Cerveja que envelhece por vinte meses em barris de carvalho. Remete às lambic. Interessante e diferente de tudo que já degustei. Digamos que lembra uma lambic mais atenuada. Vale pela experiência do diferente. Não há percepção do álcool que é de 7,3 % em momento algum, seja no aroma ou sabor. Dentre as Petrus disponíveis no Brasil, a versão Gouden Tripel é a melhor e a Aged Pale, a inusitada. Em tempo não poderia deixar de esclarecer que outra errônea classificação já foi dada a esta cerveja: Wood-Aged Beer. Cervejas do referido estilo maturam em barris que contém resíduos de outras bebidas como uísque, vinho, rum, etc. Exemplos deste estilo são as escocesas Ola Dubh, cujos barris receberam e “abrigaram” antes, uísque. A Petrus Aged Pale simplesmente matura em barris de carvalho sem que este tenha sido utilizado para maturação de outras bebidas.

19 de novembro de 2010

Petrus Blond

Além da Oud Bruin da belga Bavik, outras versões ainda não desembarcaram por aqui como a Petrus Dubel Bruin a Petrus Speciale. Então seguimos com o que já temos em mãos, não é. Seguem as impressões da Petrus Blond:

Petrus Blond
Deg. 28/05/2010
Família – Ale
Estilo – Belgian Blond Ale.
Teor de álcool – 6,6 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Dourada, límpida.
Espuma – Boa formação e boa/média duração, bege clara.
Aroma – Cítrico leve, doce, (maçã?), mel.
Sabor – Médio corpo e média/boa carbonatação, cítrico, doce, leve amargor, (levemente seca?), final também doce.
Veredicto – Boa blond ale, mas dispensável. Por hora a versão tripel da Petrus é a escolhida. Porém, tem uma certa “presença” no copo. Cerveja sem muito aroma e sabor, deixando uma lembrança doce! Mas gravem, deixei a versão "polêmica" para a próxima postagem.

16 de novembro de 2010

Petrus Gouden Tripel

Administrada pela quarta geração da família De Brabandere, a Cervejaria belga Bavik, que possui um grande número de tavernas, foi fundada em 1894, próxima a Kortrijk. Porém, a marca Petrus começou a ser utilizada em 1982, com o relançamento de uma brown ale flamenga maturada em carvalho, que recebeu o nome de Petrus Oud Bruin. Esta versão não está disponível no Brasil, mas temos outras deliciosas e interessantes cervejas da “família Petrus”. Seguem as impressões da Petrus Gouden Tripel:

Petrus Gouden Tripel
Deg. 19/05/2010
Família – Ale
Estilo – Tripel.
Teor de álcool – 7,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus (cervejaria indica de 8 a 12 graus)
Cor – Cor de mel, turva.
Espuma – Excelente formação e duração, firme, muito cremosa.
Aroma – Maçã, cítrico, frutado, doce, fermento.
Sabor – Médio/leve corpo e boa carbonatação, maçã, doce, cítrico, leve fermento, agradavelmente seca, discreto amargor final, (remete ao vinho branco?).
Veredicto – Excelente Tripel com ótimo creme. Quando acredito que não terei mais surpresas, me aparece a Petrus Tripel. Sabor e aroma de maçã com álcool não aparente, embora possua 7,5 %. Uma cerveja de personalidade mas com ótimo drinkability. Estranho e até contraditório, não é? Mas é isso mesmo!!! Visitará meu copo mais vezes. Santa Cerveja !!

13 de novembro de 2010

Weltenburger Kloster Barock Dunkel

Já tratei em post anterior sobre a cervejaria alemã Weltenburger Kloster, quando também disse que quatro versões da cervejaria estavam sendo produzidas no Brasil pela Petrópolis. Resta agora a tarefa de apresentar mais uma das referidas versões. Seguem as impressões da Weltenburger Kloster Barock Dunkel, onde Barock vem de “barroco”:

Weltenburger Kloster Barock Dunkel
Deg. 23/09/2010
Família – Lager
Estilo – Munich Dunkel
Teor de álcool – 4,7 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Castanho, límpida.
Espuma – Boa formação e média duração, cremosa, bege.
Aroma – Torrado, levíssimo lúpulo, doce, caramelo, notas de chocolate.
Sabor – Médio corpo, média carbonatação, torrado, doce de malte, amargor de lúpulo e malte torrado, leve (chocolate?)
Veredicto – Uma boa versão para o estilo produzida pela Cervejaria Petrópolis com a concessão da alemã Weltenburger. Segue a lei de pureza de 1516 como todas as cervejas da marca. Aqui não há espaço para caramelo, conservantes ou qualquer adjunto cervejeiro. Vale a experiência.

9 de novembro de 2010

Malheur 12

Depois da maravilhosa Malheur 10, apresento a versão dark da cervejaria belga da família De Landtsheer. Note que diferentemente da 10, servi a Malheur 12 na taça conhecida como Bolleke (famosa por "receber" as cervejas De Koninck). Tanto a tulipa, em que servi a 10 como esta Bolleke, em que servi a 12, são ideais para abrigar os dois estilos. A cervejaria tem como "taça padrão" a Bolleke. Seguem as impressões da Malheur 12:

Malheur 12
Deg. 11/10/2010
Família – Ale
Estilo – Strong Dark Ale.
Teor de álcool – 12 %.
Temperatura de serviço – 8 a 12 graus.
Cor – Marrom escuro com reflexos avermelhados.
Espuma – Boa formação e boa/média duração, bege, aerada.
Aroma – Torrado, chocolate, álcool, frutas vermelhas/morango e pretas, fermento.
Sabor – Médio corpo e média e fina carbonatação, doce, torrado, chocolate, álcool (menos que na 10), fermento, pouco licorosa, amargor final de lúpulo e torrado.
Veredicto – Cerveja base da Malheur Dark Brut. Embora seja uma cerveja com 12% de álcool, complexa em aroma e principalmente em sabor, não deixa de ter bom drinkability. Acreditem se quiser!!! Outra vez o que atrapalha é o preço. Excelente cerveja. Permita-se degusta-la pelo menos uma vez!! Santa Cerveja !!

6 de novembro de 2010

Malheur 10

A cervejaria situada no centro de Flandres, em Buggenhout, na Bélgica, que tem o nome de família De Landtsheer desde 1839, é mais conhecida como Malheur, que significa algo como “acidente, caso fortuito”. Todas as Malheur são cervejas de alta fermentação refermentadas na garrafa, o que faz com que os sabores evoluam com o tempo. Outro diferencial é a utilização de flores de lúpulo in natura. Dos sete rótulos produzidos, incluindo dois que passam pelo processo champenoise (assim como a DeuS e a brasileira Lust, ambas já postadas no Santa Cerveja !!), degustei outros dois, a versão strong golden ale e a strong dark ale, onde os números após o nome, neste caso, indicam a porcentagem de álcool. Seguem as impressões da Malheur 10 :

Malheur 10
Deg. 11/10/2010
Família – Ale
Estilo – Strong Golden Ale.
Teor de álcool – 10 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus (cervejaria sugere de 8 a 12 graus).
Cor – Alaranjada, turva.
Espuma – Excelente formação e duração, firme, densa, bege bem clarinha.
Aroma – Especiarias/coentro, doce, cítrico, pêssego, laranja, álcool.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, doce pronunciado, cítrico, maçã, álcool evidente, fermento, laranja, amargor de lúpulo leve com final amargo e doce equilibrados.
Veredicto – Cerveja que serve de base para a Malheur Brut. Realmente a Malheur 10 é nota 10. Excelente versão para o estilo que tem o melhor creme depois da Duvel. O sabor do fermento dá um toque diferenciado no conjunto. Mesmo com álcool e dulçor evidentes tudo se equilibra no final. E veja que estou falando de 10% de álcool. O ruim, claro, é o preço, que não ajuda!! R$ 25,00 em média! Santa Cerveja !! por ela e pelo preço!

3 de novembro de 2010

Birra Moretti

Para finalizar com as cervejas da Heineken trazidas pela FENSA, uma versão italianinha de pale lager. Seguem as impressões da Birra Moretti:

Birra Moretti
Deg. 16/05/2010
Família – Lager
Estilo – Pale Lager (também classificada como premium american lager).
Teor de álcool – 4,6 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourada, límpida.
Espuma – Boa formação e média duração, branca.
Aroma – Lúpulo herbal pronunciado, cereais.
Sabor – Leve corpo e média carbonatação, malte, seca, amargor final de lúpulo.
Veredicto – Cerveja sem novidades que tem mais de 150 anos de produção. O estilo pede para ser o que esta versão apresenta. Não podemos inventar.

31 de outubro de 2010

Murphy’s Irish Red e Murphy’s Irish Stout

Seguindo com as cervejas oferecidas pela Heineken por intermédio da FENSA, seguem as impressões da Murphy’s Irish Red e Murphy's Irish Stout:

Murphy’s Irish Red
Deg. 18/04/2010
Família – Ale
Estilo – Irish Red Ale.
Teor de álcool – 5,0 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Castanho avemelhado/âmbar.
Espuma – Boa formação e média duração, bege.
Aroma – Doce, caramelo, torrado, leve defumado.
Sabor – Médio corpo e média/baixa carbonatação, torrado, caramelo, leve defumado, leve amargor com final também leve e agradavelmente amargo. Bom drinkability.
Veredicto – Boa Cerveja com mais de 150 anos de tradição. Bem equilibrada e um bom exemplar do estilo. Bastante fácil de beber. Apresenta um leve defumado no aroma e sabor, o que a deixa mais especial.



Murphy’s Irish Stout
Deg. 30/05/2010
Família – Ale
Estilo – Dry Stout.
Teor de álcool – 4,0 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Marrom bem escuro, quase preta.
Espuma – Boa formação e excelente duração devido ao nitrogênio, bege.
Aroma – Torrado, chocolate, café, doce.
Sabor – Leve/médio corpo e baixa carbonatação, chocolate, café, torrado, leve amargor do malte torrado, retrogosto amargo e de café .
Veredicto – Cerveja menos intensa que sua concorrente, a Guinness. Porém, é bem agradável sendo mais leve que a Guinness.

28 de outubro de 2010

Edelweiss Hefetrub Weissbier e Amstel Pulse

Para os apreciadores de bebidas especiais boas novidades tem desembarcado em nosso país. Há algum tempo, cinco tradicionais marcas européias da Heineken chegam até nós por iniciativa da FEMSA Cerveja Brasil. São elas: Murphy’s Irish Stout e Irish Red, da Irlanda; Amstel Pulse, da Holanda; Birra Moretti, da Itália; e Edelweiss Hefetrub Weissbier, da Áustria, seguem as impressões, para iniciar, das duas últimas:

Edelweiss Hefetrub Weissbier
Deg. 15/04/2010
Família – Ale
Estilo – Weizenbier.
Teor de álcool – 5,5 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Cor de mel/alaranjada, turva.
Espuma – Média formação e média/pouca duração, densa.
Aroma – Cravo, banana e fermento, doce.
Sabor – Médio/leve corpo e média carbonatação, cítrico, cravo, doce, malte, banana menos intensa que no aroma.
Veredicto – Boa cerveja de trigo com mais de 530 anos de tradição que não bate as alemãs do estilo. É até requintada, mas sem novidades. Mais uma opção para os apreciadores de Weizen.



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Amstel Pulse
Deg. 18/04/2010
Família – Lager
Estilo – Pale Lager (também classificada como premium american lager).
Teor de álcool – 4,7 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourada, límpida.
Espuma – Média formação e média/pouca duração, branca.
Aroma – Lúpulo, maltes, cereais, frutada.
Sabor – Leve corpo e baixa carbonatação, doce, leve amargor de lúpulo, refrescante com bom drinkabilty.
Veredicto – Cerveja com aroma e sabor suaves. Totalmente dispensável. Por R$ 3,00, ainda considero cara pelo que apresenta. Porém, é bem referescante e fácil de beber. O que salva é a bela garrafa e o charme da tampa com sistema finlandês ping crown (a mesma tampa que a cervejaria Colorado, de Ribeirão Preto/SP, utilizava).

24 de outubro de 2010

Courage Directors

Depois de duas boas cervejas da Wells & Young’s, já postadas no Santa Cerveja !!, chegou ao mercado mais uma versão da cervejaria inglesa. A receita desta cerveja foi desenvolvida em 1787, para a diretoria, na época da Alton, situada em Bedford/ UK. Desde então ficou conhecida como a “cerveja da diretoria”, sendo comercializada desde 1960 e após longa interrupção, relançada em 2008. Seguem as impressões da Courage Directors:

Courage Directors
Deg. 06/10/2010
Família – Ale
Estilo – Special Bitter/ English Pale Ale
Teor de álcool – 4,8 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Castanho, límpida.
Espuma – Pouca formação e média duração, bege.
Aroma – Lúpulo evidente, caramelo, malte.
Sabor – Médio corpo e baixa carbonatação, amargor aparente de lúpulo, mas equilibrado com malte, sabor de lúpulo final evidente, residual de malte.
Veredicto – Boa bitter inglesa! E outra boa cerveja da Wells & Young’s. Bem fiel ao estilo (inclusive com apresentação de pouco creme e carbonatação baixa) que com certeza irá agradar os apreciadores de ales britânicas. Cerveja sem extremos, bem equilibrada. Recomendo.

20 de outubro de 2010

Weltenburger Kloster Anno 1050

Localizado na região da Baviera, na Alemanha, e fundado por monges beneditinos por volta de 620 d.C., o Monastério de Weltenburg está situado às margens do rio Danúbio. Foi no monastério, aproximadamente no ano de 1050, que os monges, além de seguir os preceitos de São Benedito, iniciaram a produção da primeira cerveja da região. Assim nasceu uma das marcas de cervejas de abadia mais antigas do mundo, a Weltenburger Kloster. Agora, quatro das várias versões produzidas pela cervejaria alemã estão sendo fabricadas e envasadas no Brasil pelo Grupo Petrópolis, que segue as tradicionais receitas vindas da Baviera e a Lei de Pureza Alemã de 1516. Seguem as impressões da Weltenburger Kloster Anno 1050:

Weltenburger Kloster Anno 1050
Deg. 11/09/2010
Família – Lager
Estilo – Märzen/Oktoberfest
Teor de álcool – 5,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Laranja avermelhado.
Espuma – Boa formação e boa duração, cremosa, bege clara.
Aroma – Malte, pão, biscoito, caramelo, levíssimo lúpulo.
Sabor – médio corpo, boa carbonatação, doce, maltes, (pão?), levíssimo amargor, final adocicado, bom drinkability.
Veredicto – Tem as características de uma märzen, que não é um estilo que aprecio. Apresenta bom creme sendo fiel ao estilo. É puro malte!!!

17 de outubro de 2010

Gouden Carolus Cuvée Van de Keizer Rood

Esta cerveja da belga Gouden Carolus que vamos chamar de versão “clara” da Gouden Carolus Cuvée Van de Keizer Blauw é simplesmente excelente. Assim como todas as versões da cervejaria, é impactante positivamente. Seguem as impressões da Gouden Carolus Cuvée Van de Keizer Rood:

Gouden Carolus Cuvée Van de Keizer Rood
Safra 2009
Deg. 30/07/2010
Família – Ale
Estilo – Strong Golden Ale
Teor de álcool – 10,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Dourada, límpida com última taça apresentado leve turbidez
Espuma – Média formação e boa duração, bege bem claro, cremosa.
Aroma – Doce, cítrico, maçã, especiarias, picante.
Sabor – Encorpada, boa carbonatação, álcool, cítrico, maçã, especiarias/cravo, doce sensação quente, seca, excepcional drinkability, mesmo se tratando de um estilo em que esta característica não é comum.
Veredicto – Maravilhosa cerveja que não ganha dez. Por que? Porque achei um pouco doce além da conta. Se fosse um pouquinho menos doce... Seria perfeita. Tirando este fato, é excelente em todos os aspectos, chegando a ter alto drinkability (mesmo doce como já disse), o que é inédito para o estilo. Santa Cerveja !!

14 de outubro de 2010

Dado Bier Belgian Ale

Minha curiosidade maior, fica em relação à Dado Bier Ilex, versão produzida com adição de mate. Por enquanto seguem as impressões da Dado Bier Belgian Ale:

Dado Bier Belgian Ale
Deg. 16/09/2010
Família – Ale
Estilo – Strong Golden Ale
Teor de álcool – 8,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Laranja acobreado, turva na segunda taça. Bonita coloração.
Espuma – Ótima formação e média duração, bege.
Aroma – Fermento, malte, doce agradável, álcool, condimentos.
Sabor – Médio corpo/encorpada e boa carbonatação, cítrico, condimentos/coentro, doce equilibrado, (sensação quente?), leve álcool, final amargo leve seguido de doce prolongado.
Veredicto – Das Dado que degustei é a melhor de longe com medalha de prata para a versão bock. Boa surpresa! É bom saber que além da versão strong golden ale da Eisenbahn, temos agora a da Dado Bier. Isso nos mostra que as cervejarias brasileiras estão no caminho certo. Gostei!

10 de outubro de 2010

Marston’s Owd Rodger

Olha só como não para de aparecer novidades. Mais uma da inglesa Marston’s chegou. Trata-se de uma boa strong scotch ale, talvez a melhor versão da cervejaria. Seguem as impressões da Marston’s Owd Rodger:

Marston’s Owd Rodger
Deg. 17/09/2010
Família – Ale
Estilo – Strong Scotch Ale.
Teor de álcool – 7,6 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Castanho bem escuro, límpida.
Espuma – Boa formação e duração, densa, dourada, cremosa.
Aroma – Caramelo, doce, maltes, amadeirado, torrado, levíssimo álcool.
Sabor – Médio corpo/encorpada e media/baixa carbonatação, doce, torrado, caramelo, leve amargor de lúpulo e malte torrado, aftertaste adocicado muito agradável e leve amargor de torrado.
Veredicto – Excelente versão strong scotch ale da britânica Marston’s. Cerveja com personalidade. Com certeza este estilo não é indicado para quem está se aventurando há pouco tempo no mundo das cervejas especiais. No conjunto apresenta-se maltada e doce, mas inacreditavelmente agradável.

7 de outubro de 2010

Eisenbahn A Dama do Lago

Dentre as versões da Eisenbahn de Blumenal/SC, ainda não tive o prazer de degustar a Oktoberfest e a Lust Prestige. Também faltava a Eisenbahn A Dama do Lago, da qual seguem abaixo as impressões:

Eisenbahn A Dama do Lago
Deg. em 05/09/2010
Família – Ale
Estilo – Strong Dark Ale
Teor de álcool – 9,0%
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Marrom, reflexos castanhos, turva.
Espuma – Pouca formação e media/pouca duração, dourada.
Aroma – Vinho do porto, doce, toffee, chocolate, leve torrado, frutas pretas, fermento.
Sabor – Encorpada, média carbonatação, doce, vinho, nozes, leve amargor final, madeira, frutada, fermento.
Veredicto – Enfim degustei a cerveja campeã do primeiro concurso Mestre Cervejeiro Eisenbahn. A receita vencedora foi do Botto, cervejeiro de mão cheia. Não havia como sair uma cerveja ruim. Trata-se de uma strong dark ale de muita qualidade e personalidade. Mas tenho certeza que se o Botto fizer a receita em sua casa, ficará ainda melhor. Apresentou certa adstringência. Esperava mais... Talvez por degustar um exemplar vencido, tenha perdido um pouco do que a versão pode oferecer!!!!!!! Conto depois!!

5 de outubro de 2010

Paulaner Oktoberfest Bier

Comemorando 200 anos de Oktoberfest (de 1810 a 2010), resolvi aproveitar o mês da festa das cervejas e já comecei degustando a versão da alemã Paulaner para o evento. É uma Märzen/Oktobefest, embora alguns entendam tratar-se de estilos distintos. Os traços sensoriais são muito parecidos que não justificam essa “separação”, embora respeite opinião diversa. Seguem as impressões da Paulaner Oktoberfest Bier:

Paulaner Oktoberfest Bier
Deg. 02/10/2010
Versão lata de 1L.
Família – Lager
Estilo – Märzen/Oktoberfest.
Teor de álcool – 6,0 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Dourada, límpida.
Espuma – Boa formação e boa/média duração.
Aroma – Pão, biscoito, malte, doce, levíssimo lúpulo.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, doce de malte cozido, dulçor residual de malte suave balanceado com amargor do lúpulo, bom drinkability.
Veredicto – Boa cerveja, sendo a melhor do estilo. Cerveja de festa! É pra beber, conversar, rir e... beber outra vez. Assim vai durante todo o evento. A lata de 01 Litro vem acompanhada da caneca de mesmo volume e não deixa de ser diferente e divertido servir e apreciar esta versão.

2 de outubro de 2010

La Trappe Tripel

Ótimo início de postagens em outubro, mês da Oktoberfest!! Depois de um bom tempo sem aparecer em terras brasileiras, a versão tripel da La Trappe retorna às nossas taças. Inclusive, era a única da cervejaria holandesa que não havia postado. Era!!! Seguem as impressões da La Trappe Tripel:

La Trappe Tripel
Deg. 27/09/2010
Família – Ale
Estilo – Authentic Trappist (Tripel)
Teor de álcool – 8,0 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus (normalmente recomendaria de 5 a 7 graus, mas esta versão de tripel exige mais calor pra mostrar toda sua complexidade).
Cor – Alaranjada, levemente turva com mais turbidez na última taça.
Espuma – Média formação e pouca duração, bege clara.
Aroma – Cítrico, fermento, especiarias, cravo, doce, coentro evidente, notas alcoólicas leves, condimentada.
Sabor – Médio/leve corpo e média carbonatação, doce, cítrico, (laranja?), leve e agradável amargor de lúpulo, cravo/especiarias, aftertaste adocicado e alcoólico.
Veredicto – Vou chover no molhado mais uma vez. Outra deliciosa La Trappe, cujo creme não é o forte. Depois de um bom tempo sem a importadora trazer esta tripel, ela voltou!!! Tudo colabora para bons momentos na companhia desta cerveja: taça elegante, rótulo que remete à religião, e o líquido mais que bem produzido. Cerveja relativamente atenuada, o que lhe confere corpo, como vimos, médio pra leve. La Trappe é sempre uma maravilhosa experiência!! Apostem nas versões Dubbel, Tripel e Quadrupel (seqüência de minha preferência) da cervejaria!!!

29 de setembro de 2010

Dado Bier Royal Black

Mais uma da cervejaria de Porto Alegre/RS (embora seja produzida em Santa Maria/RS pela Santamate Ind. e Com. Ltda, para a Dado). Seguem as impressões da Dado Bier Royal Black:

Dado Bier Royal Black
Deg. 14/09/2010
Família – Ale
Estilo – Bock.
Teor de álcool – 5,5 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Marrom bem escuro com reflexos avermelhados.
Espuma – Boa formação e ótima duração, bege.
Aroma – Caramelo, toffee, leve torrado, leve chocolate, (leve defumado??), (madeira???).
Sabor – Encorpada/médio corpo e média carbonatação, doce, leve torrado, levíssimo amargor do malte torrado, certa adstringência.
Veredicto – Mais escura que as bocks que as pessoas estão acostumadas (ou foram apresentadas), mas dentro da cor referente ao estilo. Também apresenta aroma e sabor um pouco fora do convencionado pelo BJCP, por exemplo. Porém, é uma cerveja bem feita. Corpo agradável, sabor e aroma nada agressivos. É melhor que a Red Ale da cervejaria.

26 de setembro de 2010

Hop Back Crop Circle

A última versão da inglesa Hop Back a chegar no Brasil até agora, foi a Crop Circle. Infelizmente minha amostra estava com defeitos. O mais evidente foi a ocorrência de “gushing”, provavelmente por conta da presença de oxalato. Seguem as impressões da problemática Hop Back Crop Circle:

Hop Back Crop Circle
Deg. 21/08/2010
Família – Ale
Estilo – English Pale Ale.
Teor de álcool – 4,2%.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Dourado claro, límpida.
Espuma – Ótima formação e boa duração, “aerada”, branca.
Aroma – “Tampinha”(oxidação), leve frutado, doce, cítrico, leve lúpulo.
Sabor – Médio/leve corpo e média carbonatação, amargor acentuado de lúpulo, “tampinha” (oxidada), (coentro?), leve doce dos maltes, final amargo e seco.
Veredicto – Na abertura da garrafa ocorreu o que chamamos “gushing” (espumou sem parar!!). Cerveja refermentada na garrafa que não apresentou grandes aromas e sabor diferenciado que merecesse atenção. Com certeza minha amostra estava com problemas. Precisarei degustar outra. Esta deixou a desejar!!!! Apresentou sedimentação na garrafa que não se misturou com a cerveja.

21 de setembro de 2010

Dado Bier Red Ale

Há tempos não tratava das cervejas Dado Bier. Pois hoje falo um pouco da versão pale ale da cervejaria gaúcha. Seguem as impressões da Dado Bier Red Ale:

Dado Bier Red Ale
Deg. 05/09/2010
Família – Ale
Estilo – American Pale Ale.
Teor de álcool – 5,3 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Castanho avermelhado, límpida.
Espuma – Boa formação e boa duração, bege clara.
Aroma – Toffee, doce, torrado, lúpulo, leve cítrico.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, doce, caramelo, leve amargor de lúpulo, final doce/amargo e adstringente.
Veredicto – Boa cerveja com razoável drinkability. Minha aposta é na versão strong golden ale da cervejaria, a Dado Bier Belgian Ale. Esta versão ora analisada, que degustei a primeira vez em Gramado/RS, é sem novidades. Porém, trata-se de uma cerveja puro malte e que segue a lei da pureza da Baviera de 1516. Muito importante dizer que o preço praticado pela cervejaria é mais do que justo.

18 de setembro de 2010

Delirium Tremens

As cervejas da belga Brouwerij Huyghe, conhecida por ostentar um simpático elefantinho rosa como sua marca, são realmente inconfundíveis em razão de suas personalidades marcantes. Não sei mais dizer qual a melhor versão, mas posso afirmar que a Tremens é a que fez a cervejaria ser considerada uma das melhores do mundo. Seguem as impressões da Delirium Tremens (com a foto um pouquinho "torta"):

Delirium Tremens
Deg. 28/05/2010
Família – Ale
Estilo – Strong Golgen Ale.
Teor de álcool – 8,5 %
Temperatura de serviço – normalmente indico de 5 a 7 graus para o estilo, mas esta especificamente é melhor servida ente 8 e 12 graus).
Cor – Dourada, límpida.
Espuma – Boa formação e boa/média duração, branca.
Aroma – Cítrico, frutado, doce, fermento, rico em ésteres, especiarias, (canela?), maçã evidente, laranja.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, fermento, doce, cítrico, maçã pronunciada, amargor final agradável harmonizado com o doce dos maltes.Veredicto – Que cerveja!!! Uma pena o preço, R$ 24,00 em média pra 300ml.É demais o preço e a cerveja. Apresenta uma cor muito bonita, límpida. Mas atenção, trata-se de uma cerveja perigosa, com alto drinkability e com teor de álcool de 8,5% que não é percebido em qualquer momento a não ser pela “sensação quente”. Deguste-a pelo menos uma vez, você merece! Santa Cerveja !!

15 de setembro de 2010

Baden Baden Celebration Inverno 2010

Mais uma vez não poderia deixar de adquirir exemplares da sazonal double bock da Baden Baden, já que a considero a melhor versão da cervejaria. Degustei a garrafa nº 00196 de 20.000 produzidas. Seguem as impressões da Baden Baden Celebration Inverno 2010:

Baden Baden Celebration Inverno 2010
Garrafa nº 00196
Deg. 11/08/2010
Família – Lager
Estilo – Doppelbock.
Teor de álcool – 8,2 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Marrom avermelhado, límpida.
Espuma – Ótima formação e boa duração, cremosa, densa, dourada.
Aroma – Torrado, caramelo, toffee, açúcar mascavo, café, madeira.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, doce, torrado, notas de café e chocolate, sensação quente, leve álcool, licorosa, final alcoólico e doce.
Veredicto – No dia do advogado decidi abrir uma Celebration Inverno pra comemorar. Esta cerveja que é sazonal, todos os anos se apresenta muito boa. Em 2010, na sua 7ª edição, não foi diferente. É a melhor versão da Baden. Estrutura, sabor e aroma de gente grande!! Na foto fica evidente que os rótulos e o escudo da cervejaria mudaram. Compare o escudo do copo (como era antes) com o da garrafa (o novo). Infelizmente, mesmo no inverno, é uma cerveja difícil de encontrar. Em Campinas/SP, capturei meus exemplares no único lugar que a disponibilizava, Supermercados Dalben.

12 de setembro de 2010

Brooklyn Monster Ale e Brooklyn Black Chocolate Stout

Vamos para as sazonais da Brooklyn. Duas boas cervejas com atenção, para meu gosto, na versão imperial stout (um adendo sobre o estilo: a czarina Catarina, a Grande (que era russa), viajou para a Inglaterra e acabou por conhecer o estilo stout adorando-o imediatamente. Por conta disso, exigiu que barris da cerveja fossem enviados para sua corte em grande quantidade. Com a demorada viagem, a cerveja nunca chegaria em condições de ser consumida. Mas tudo se resolveu quando a cervejaria Barclay, em Londres, produziu uma stout encorpada e alcoólica o suficiente para agüentar a viagem e chegar em condições de ser saboreada por Catarina. A cerveja apresentava mais de 10% de álcool e fez sucesso instantâneo na corte russa. Daí em diante esse tipo de stout foi batizada de Russian Imperial Stout. Seguem as impressões da Brooklyn Monster Ale e da Brooklyn Black Chocolate Stout:

Brooklyn Monster Ale
Deg. 20/08/2010
Família – Ale
Estilo – Barley Wine.
Teor de álcool – 10,1 %.
Temperatura de serviço – 8 a 12 graus.
Cor – Castanho avermelhado, límpida.
Espuma – Ótima formação e boa duração, cremosa, bege.
Aroma – Maltes, lúpulo, doce, caramelo, leve álcool, notas frutadas.
Sabor – Encorpada, média carbonatação, álcool, sensação quente, amargor de lúpulo, licorosa, bastante maltada, final alcoólico e amargo de lúpulo.
Veredicto – Perfeito exemplar de uma barley wine americana. Ótima cerveja para os apreciadores do estilo. O problema é o preço: em média R$ 19,50. Uma pena, já que as Brooklyn estavam sendo vendidas a preço justo. O fato da Monster Ale ser sazonal não justifica o preço praticado.

Brooklyn Black Chocolate StoutDeg. 20/08/2010
Família – Ale
Estilo – Imperial Stout (ou Russian Imperial Stout)
Teor de álcool – 10,0 %.
Temperatura de serviço – 8 a 12 graus.
Cor – Preta.
Espuma – Boa formação e ótima duração, “cor de café com leite”, densa, cremosa.
Aroma – Torrado, café, álcool, levíssimo chocolate meio-amargo.
Sabor – Encorpada, baixa carbonatação, álcool muito bem inserido, café, amargor do malte torrado, aveludada, sensação quente (menos que na Monster Ale), doce agradável, final amargo com retrogosto amargo de malte torrado.
Veredicto – Excelente russian imperial stout com creme espetacular. Belgian lace nota 10!! Sou apreciador do estilo de carteirinha!!! Corpo aveludado com álcool, doce e amargo equilibrados. Cerveja forte e marcante como deve ser. Acreditem, fica maravilhosa com sorvete de baunilha da Häagen-Dazs. Experimentem e depois me digam se sou demente como vcs estão pensando... Santa Cerveja !!

9 de setembro de 2010

Therezópolis Ebenholz

A cervejaria Claussen & Irmãos, de Teresópolis/ RJ, produzia em 1912 uma cerveja baseada numa receita de antepassados dinamarqueses e que apresentava muita qualidade em razão de ser puro malte. Com o advento da Primeira Guerra Mundial, a importação de matéria-prima ficou inviável, fazendo com que a empresa interrompesse suas atividades. Em julho de 2006 a cervejaria St. Gallen começou a produzir a Therezópolis Gold, baseada na antiga receita. Depois ainda vieram a cerveja que leva o nome da cervejaria, a versão de trigo e mais recentemente a Therezópolis Ebenholz (de ébano, escura), da qual seguem as impressões:

Therezópolis Ebenholz
Deg. 09/07/2010
Família – Lager
Estilo – Munich Dunkel.
Teor de álcool – 5,5 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Marrom avermelhado.
Espuma – Ótima formação e boa duração, bege, cremosa.
Aroma – Torrado, chocolate, doce, caramelo.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, torrado, agradavelmente seca, doce, leve chocolate, caramelo, amargor final.
Veredicto – As três cervejas da marca Therezópolis são boas. Mas esta versão Munich Dunkel superou expectativas. É realmente uma boa versão para o estilo proposto. Assim como todas as cervejas produzidas pela cervejaria do Rio de Janeiro, esta também segue a lei de pureza alemã e é parcialmente filtrada, sobrando um pouco de levedura na garrafa.

6 de setembro de 2010

Bière du Corsaire Cuvée Speciale

Depois da excelente cerveja Delirium Nocturnum, trago mais uma boa versão da belga Brouwerij Huyghe. Seguem as impressões da Bière du Corsaire Cuvée Speciale:

Bière du Corsaire Cuvée SpecialeDeg. 07/05/2010
Família – Ale
Estilo – Strong Golgen Ale.
Teor de álcool – 9,4 %
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Alaranjada, turva, partículas em suspensão.
Espuma – Ótima formação e boa/média duração, bege clara com pontos escuros.
Aroma – Cítrico, fermento, doce, maçã, álcool evidente, especiarias.
Sabor – Encorpada, média carbonatação, álcool, cítrica, sensação quente, doce, fermento.
Veredicto – Boa Strong Golden Ale. Embora bastante alcóolica, no conjunto quase tudo se equilibra. Não se percebe o amargor, ou se percebe muito pouco. Entendo que a temperatura ideal para degusta-la seja entre 8 a 10 graus (normalmente degusta-se o referido estilo entre 5 e 7 graus). Menos que isso perde-se em aroma e sabor; mais, torna-se enjoativa. Embora a Bière du Corsaire tenha mais álcool que a Duvel (9,4 X 8,5), ícone do estilo, o mesmo é mais percebido na cerveja do “Diabo”!!!

2 de setembro de 2010

Chimay Grande Réserve

Minhas experiências iniciais com as Chimay não foram muito agradáveis como já narrei em posts anteriores. Porém decidi, como sempre se deve fazer, experimentar novamente as famosas cervejas trapistas deste, que é um dos mosteiros belga. Mas dessa vez, optei por degustar todas nas versões arrolhadas. A surpresa foi totalmente positiva com a Chimay Cinq Cents (já postada no Santa Cerveja !!) e agora também com a srong dark ale da cervejaria, como veremos. Seguem as impressões da Chimay Grande Réserve:

Chimay Grande Réserve
Safra 2007
Deg. 10/07/2010
Família – Ale
Estilo – Strong Dark Ale – Vintage (Authentic Trappist).
Teor de álcool – 9,0 %.
Temperatura de serviço – 8 a 12 graus. (pela cervejaria, 10º C a 12º C ou mais ou menos 8º, caso queira uma refrescância maior).
Cor – Marrom avermelhado.
Espuma – Média formação e boa duração, cremosa, dourada.
Aroma – Vinho, doce, fermento, açúcar mascavo, frutas pretas, madeira, chocolate, leve álcool. Complexa.
Sabor – Encorpada, baixa carbonatação, doce, álcool, madeira, vinho do porto, levemente licorosa, chocolate, sensação quente, frutas pretas e vermelhas, toque de nozes, breve e leve amargor final, retrogosto “quente”. Complexa.
Veredicto – Excelente cerveja!! Uma das poucas versões de guarda disponíveis no Brasil. A safra 2007 está muito boa. Para ser degustada realmente de 8 a 12 graus. Melhor se a 12 graus, assim libera todos os aromas que tem para oferecer. Santa Cerveja!!

30 de agosto de 2010

Meantime Coffee Porter e Meantime Chocolate

Além da Meantime Wheat, que não encontrei mais em nosso mercado, também não consegui achar a Meantime Old Smoked Bock. De qualquer forma, ficam faltando somente as duas para postar vindas da cervejaria inglesa. Notem que não encostei as tampinhas nas garrafas, que é uma das marcas deste blog. O motivo é que, assim como aconteceu com a versão fruit beer da cervejaria (Meantime Raspberry, já postada no Santa Cerveja !!), se o fizesse encobriria parte do rótulo. Seguem as impressões da Meantime Coffee Porter e da Meantime Chocolate:

Meantime Coffee Porter
Deg. 23/07/2010
Família – Ale
Estilo – Porter
Teor de álcool – 6,0 %
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Marrom escuro com reflexos avermelhados.
Espuma – Boa formação e média duração, bege.
Aroma – Baunilha, leve chocolate, café evidente, torrado, caramelo, licor de cacau.
Sabor – Médio corpo, média carbonatação, café, notas chocolate e baunilha, amargor do café, torrado, seca, aveludada, leve acidez, final de café.
Veredicto – Muito boa porter que leva café na receita, assim como nossa brasileirinha Demoiselle da Colorado. Excelente para harmonizar com sobremesas utilizando-se da técnica de contrastes, pois apresenta um amargor acentuado mas não desagradável. Não tem bom drinkability, característica do estilo, mas outra garrafa descia fácil.

Meantime Chocolate
Deg. 23/07/2010
Família – Ale
Estilo – Stout
Teor de álcool – 6,5 %
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Marrom escuro avermelhado (um pouco mais escuro que a porter).
Espuma – Boa formação e boa/média duração, bege e cremosa.
Aroma – Torrado, chocolate, (caramelo?).
Sabor – Encorpada, média/baixa carbonatação, chocolate evidente, amargor de malte torrado, dulçor discreto, acidez presente, final de licor de cacau e amargo.
Veredicto – Menos aromática que a Coffee Porter, mas também uma boa versão da inglesa Meantime. Outra pra degustar acompanhada de uma boa sobremesa de chocolate, trufas ou sorvete de baunilha. Vai lá cara, experimenta!!!

26 de agosto de 2010

Flying Dog Kerberos Tripel e Flying Dog Double Dog Double Pale Ale

As cervejas muito lupuladas e com bastante álcool são comuns e apreciadas nos EUA. Tão apreciadas que esta nova escola cervejeira acabou por criar estilo próprio. Estou falando das cervejas “imperial” ou “extremas”, que possuem as características citadas. Das duas cervejas que apresento hoje, uma é considerada extrema. Falo da Flying Dog Double Dog Double Pale Ale, da qual seguem as impressões juntamente com a Flying Dog Kerberos Tripel:

Flying Dog Kerberos Tripel
Deg. 14/05/2010
Família – Ale
Estilo – Tripel.
IBU - 27
Teor de álcool – 8,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Alaranjada, levemente turva.
Espuma – Boa formação e média duração, branca.
Aroma – Cítrico, doce, fermento, maçã.
Sabor – Médio corpo/encorpada e média/baixa carbonatação, cítrica e frutada, sensação quente, leve álcool, (fermento?), amargor equilibrado com doce do malte, final amargo seguido de doce agradável.
Veredicto – Ótima tripel. Bem equilibrada. Trata-se de uma cerveja “consistente”. Por hora, esta, a Classic Pale Ale e a IPA são minhas eleitas. Não aparenta o álcool que tem. Já sei quais estilos voltarão a frequentar meus copos vindos da americana Flying Dog.

Flying Dog Double Dog Double Pale Ale
Deg. 21/05/2010
Família – Ale
Estilo – Imperial IPA.
IBU - 85
Teor de álcool – 11,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Âmbar escuro, levemente turva.
Espuma – Excelente formação e ótima duração, firme, bege escura.
Aroma – Lúpulo intenso, caramelo, leve álcool .
Sabor – Médio corpo e baixa carbonatação, álcool, amargor pronunciado do lúpulo seguido de doce dos maltes, retrogosto amargo.
Veredicto – Cerveja interessante que “desce” doce e “volta” amarga. É uma imperial IPA, o que significa dizer que é bastante lupulada e bastante alcoólica. O estilo em questão é uma criação norte americana, que tem por regra a lupulagem bem evidente com álcool também perceptível. Assim, quando se degusta uma cerveja com 85 de IBU (unidade internacional de amargor) e 11,5 % de álcool, já é possível saber o que esperar!!! Esta Flying Dog é boa mas, não faz parte do meu rol de preferência.