30 de dezembro de 2011

Einbecker Ur-Bock Dunkel

Depois da versão clara, a bock tradicional da Einbecker mostra toda a competência da cervejaria alemã em produzir o estilo. Mas adoraria que a importadora trouxesse outros rótulos, como a pilsen e a doppelbock feitas por lá. Seguem as impressões da Einbecker Ur-Bock Dunkel:

Einbecker Ur-Bock Dunkel
Deg. 26/12/2011
Família – Lager
Estilo – Bock
Teor de álcool – 6,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus (melhor a 7 graus).
Cor – Cobre profundo/avermelhado, límpida.
Espuma – Ótima formação e boa duração, bege clara, cremosa.
Aroma – Leve tostado, maltes, leve caramelo, levíssimo defumado, levíssimo lúpulo, (levíssimo chocolate????).
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, amargor moderado e leve sabor de lúpulo, leve tostado, doce agradável/adocicada, moderadamente maltada, leve acidez.
Veredicto – Outra Einbecker com visual lindão! E para uma boa surpresa, mais gostosa que a versão clara anteriormente degustada. O caráter maltado desta versão, diferentemente da maioria das bocks, é quase que sobreposto pelo amargor do lúpulo, inclusive com final agradavelmente amargo. E essa diferença soma pontos no conjunto. Bem gostosa de beber. Santa Cerveja !!

28 de dezembro de 2011

Einbecker Ur-Bock Hell

A cervejaria alemã Einbecker Brauhaus situa-se no centro da cidade de Einbeck e produz hoje cerca de 850 mil hectolitros. Esta cidade que batizou a cervejaria também deu origem a classificação do estilo bockbier (Einbock) mundialmente conhecido. Existem registros da cervejaria que apontam o início da exportação de seus produtos a data de 28 de abril de 1378. Relatos afirmam que a cerveja Einbecker era uma das preferidas de Martinho Lutero, que a promoveu bebendo publicamente no Reichtag de Worms. Como curiosidade (embora já tenha dito isso em postagem de outra bock), o nome do estilo também pode ter derivado de ziegenbock, bode em alemão. A razão seria a força da cerveja quando comparada à força do pequeno e valente mamífero. Seguem as impressões da Einbecker Ur-Bock Hell:

Einbecker Ur-Bock Hell
Deg. 26/12/2011
Família – Lager
Estilo – Helles Bock.
Teor de álcool – 6,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Dourado intenso, límpida.
Espuma – Boa formação e média duração, branca, cremosa.
Aroma – Maltes, biscoito evidente, pão, lúpulo moderado, (leve picante do álcool??).
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, doce dos maltes moderados equilibrados com leve amargor e sabor de lúpulo, final adocicado com retrogosto de lúpulo.
Veredicto – Não tem muito o que inventar. Uma genuína bock clara produzida no país criador do estilo com aroma e sabor bem definidos. Gostei, e veja que é um rótulo de estilo que não sou “fã”! Apresenta coloração muito bonita com excelente aroma maltado respaldado pelo lúpulo.

24 de dezembro de 2011

St. Feuillien Cuvée de Noël

Nesta véspera de Natal tive o pazer de degustar a primeira cerveja da St Feuillien, cerveja esta, que é especialmente feita para comemorar a data de 25 de dezembro. Por isso, como de praxe, vou falar um pouco da história da cervejaria e depois vou apresentando outros rótulos da belga St Feuillien. Conforme encontra-se no site da cervejaria, no século VII, um monge irlandês chamado Feuillien, foi para o continente pregar o Evangelho. No ano 655, durante a travessia de uma região,  atual cidade de Le Roeulx, Feuillien foi martirizado e decapitado. No lugar de sua execução, seus discípulos construíram uma capela que no ano de 1125 se tornou uma abadia Norbertina, a Abadia de St Feuillien du Roeulx. Durante séculos, os monges fabricaram cerveja e essa tradição sobreviveu até a Revolução Francesa, quando as atividades cervejeiras cessaram. Desde 1873, a família Friart, hoje em sua quarta geração, comanda a fabricação de cervejas da Brasserie St Feuillien (Brasserie Friart  até 1999). Todas as receitas não tem conservantes artificiais, e utilizam lúpulos e maltes selecionados. Os tanques de maturação são horizontais e todas as cerveja refermentam nas garrafas por pelo menos duas semanas. Não preciso falar que são cervejas especiais mesmo, né?! Seguem as impressões da St Feuillien Cuvée de Noël:

St. Feuillien Cuvée de Noël
Deg. 24/12/2011
Família – Ale
Estilo – Strong Dark Ale (Abadia) – ou Christmas Beer (BJCP).
Teor de álcool – 9,0 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus (cervejaria também sugere estas temperaturas).
Cor – Castanho com reflexos avermelhados à luz/rubi intenso.
Espuma – Ótima formação e boa/média duração, com algumas grandes “bolhas”.
Aroma – Doce, frutas pretas/ uva passa, ameixa, toffee, caramelo “queimado”, álcool, picante do álcool, especiarias, (madeira/vinho??).
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, doce agradável, álcool, leve “sensação quente”, leve amargor de lúpulo (mas evidente), frutada/uva passa, levíssima acidez e adstringência, (pouco licorosa??).
Veredicto – Cerveja refermentada na garrafa que repousa por vários meses em caves da cervejaria antes de serem distribuídas. O prazer em abrir um rótulo como este é indescritível!! É excelente para o Natal e para qualquer data comemorativa ou não!!! Mas deve-se apreciá-la com medida, degustando pouca quantidade e curtindo cada gole! Quando mais aquecida, o álcool fica mais evidente sem incomodar! Notas frutadas, talvez amadeiradas, e de especiarias, em parceria com corpo mediano e agradável, respaldados pelo amargor perfeito de lúpulo em harmonia com álcool e doçura dos maltes fazem da Cuvée de Noël, uma complexa e deliciosa belga de Abadia. Santa Cerveja !!

21 de dezembro de 2011

Primátor Stout

A tampa desta Stout traz um trevo de quatros folhas (pelo menos é o que parece) que na verdade deveria ser de três, se o objetivo foi aludir à São Patrício, que pregava se valendo da plantinha para apresentar a santíssima trindade. Outro detalhe: assim como na primátor English Pale Ale, esta versão estampou no rótulo, discretamente, um desenho que remete aos tecidos que os irlandeses utilizam na confecção do “kilt” (aquelas “saias” usadas pelos gaélicos da Irlanda, no século XIV). E dessa forma homenageou o país “criador” do estilo ora “copiado”. Uma boa cerveja que infelizmente apresentou problema. Seguem as impressões da Primátor Stout:

Primátor Stout
Deg em 17/12/2011
Família – Ale
Estilo – Dry Stout
Teor de álcool – 4,7 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Preta.
Espuma – Pouquíssima formação e pouquíssima duração, lembra “poluição de rio”.
Aroma – Torrado, caramelo, grão de café, lúpulo moderado.
Sabor – Médio/leve corpo, baixa carbonatação, torrado, amargor do malte torrado e do lúpulo, café, caramelo, seca, certa acidez
Veredicto – Infelizmente acredito que esta versão apresentou problemas. Digo isso porque tenho certeza que tem tudo para ser uma ótima stout. Como foi a primeira Primátor do estilo que degustei e, portanto, sem parâmetros, não vou cometer injustiça. Comparando com outras dry stouts, o rótulo da cervejaria Tcheca deixou a desejar apenas no quesito “creme”. Quase nada de formação e insignificante duração. E uma boa duração de espuma, como é sabido, faz parte do perfil sensorial do estilo proposto. Todas as outras sensações e o visual robusto que apresenta a dignificam como uma Dry/Irish Stout. Outra boa cerveja Primátor.

19 de dezembro de 2011

Primátor English Pale Ale

Quanto tempo a Primátor não aparecia por aqui, hein?! Hoje temos a versão pale ale da cervejaria da República Tcheca e um pouco de sua história pode ser lida aqui. Seguem as impressões da Primátor English Pale Ale, que estampou discretamente em seu rótulo a bandeira da Inglaterra:

Primátor English Pale Ale
Deg em 17/12/2011
Família – Ale
Estilo – English Pale Ale
Teor de álcool – 5,0 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Cobre/castanho claro, límpida.
Espuma – Média/pouca formação e pouca duração.
Aroma – Lúpulo, herbal, (terroso??), maltes, caramelo.
Sabor – Médio/leve corpo, média carbonatação, doce intenso de maltes, caramelo, amargor e sabor moderado de lúpulo, sensação “resinosa” e terrosa, certa acidez, final agradavelmente amargo com retrogosto adocicado.
Veredicto – Prova de  que os tchecos fazem tão bem outros estilos como fazem suas bohemias pilseners. Esta pale ale inglesa tem tudo o que se espera do estilo. E embora não seja um estilo encantador pra mim, agradará seus seguidores! Boa cerveja!

15 de dezembro de 2011

Eisenbahn Weihnachts Ale 2011

Desde a inauguração do Santa Cerveja !!, dezembro é um mês que sempre posto cervejas de Natal ou especiais para comemoração na virada do ano. Pelo quarto ano consecutivo, vou manter a tradição!!!! Consegui encontrar a Weihnachts Ale, da Eisenbahn, que já havia postado em Dez/2008. Digo consegui, porque nos anos de 2009 e 2010 não chegou nem perto da minha cidade!! Também postei em dezembros de anos anteriores, a versão natalina da Baden Baden (Christmas Beer) e por isso não vou repeti-la este ano (embora vá consumi-la, pois é bem apropriada para esperar o bom velhinho!!!). Mas ainda tenho um rótulo na manga!!!! Isso mesmo, tem cerveja belga para as festas e lógico, vou postar aqui no Santa !! Mas isso nas próximas (bem próximas) postagens. Por enquanto vamos com as brazucas. Seguem as impressões da Weihnachts Ale 2011:

Eisenbahn Weihnachts Ale 2011
Deg. 15/12/2011
Família – Ale
Estilo - Belgian Pale Ale (Christmas Beer - BJCP)
Teor de álcool – 6,3 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Âmbar, límpida.
Espuma – Ótima formação e média duração, bege clara.
Aroma – Cítrico, condimentos, canela, (coentro??), doce, maltes, frutada.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, adocicada, frutada e condimentada, leves notas cítricas, levíssimo amargor, final adocicado maltado.
Veredicto – Comparem com a degustação da versão 2008, e vejam como as sensações foram um pouco diferentes!! Notem que utilizei outra tulipa, para mostrar que trata-se realmente da versão 2011 da cerveja de Natal da Eisenbahn. Este rótulo já havia me agradado desde meu primeiro contato com ele, e desta vez não foi diferente. Na receita, o que predomina é o doce, seguido de bom condimentado. Todos os outros atributos estão em segundo plano e aroma e sabor trazem quase as mesmas sensações! É o Brasil com suas cervejas natalinas!!!

12 de dezembro de 2011

König Pilsener

A König Brauerei foi fundada em 1858, por Theodore König. E na sua história de mais de 150 anos, passou de uma  pequena cervejaria local para uma das cervejarias prêmio da Alemanha. Numa época em que as cervejas de alta fermentação dominavam “os gostos”, Theodore investiu numa cerveja clara, com boa carbonatação e de baixa fermentação, a pilsen. Em pouco tempo as cervejas König já eram sucesso com produção de 50.000 hectolitros (ou 5.000.000 de litros) no início dos anos 1900. Hoje a empresa pertence ao Grupo Bitburger e produz três versões: König Pilsener Alkoholfrei, König Pilsener Radler e König Pilsener. Vamos tratar desta última. Seguem as impressões da König Pilsener:

König Pilsener
Deg. 03/06/2010
Família – Lager
Estilo – German Pils
Teor de álcool – 4,9 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourada, límpida.
Espuma – Boa/média formação e média duração.
Aroma – Cereais, lúpulo intenso, leve doce, (pão?).
Sabor – Leve corpo e boa carbonatação, amargor de lúpulo, doce do malte, final também amargo de lúpulo.
Veredicto – Esta foi mais uma cerveja que degustei há muito tempo e só agora percebi que não havia postado. Acho que ainda deve ter mais algumas que vou encontrar nos arquivos!!! Neste rótulo alemão, o lúpulo é mais intenso e a receita segue a Lei de Pureza da Baviera de 1516. Fácil de beber! Do mais, é uma legítima e verdadeira pilsen alemã. Gostei!

9 de dezembro de 2011

Baltika Cooler Kynep

Não faz muito tempo, desembarcaram em terras brasileiras mais duas cervejas russas, que podem ser encontradas na rede Pão de Açúcar. Comento abaixo sobre uma delas, que assim como a Baltika 7, utiliza tampas ring crown (sistema finlandês). E pela primeira vez, tirei uma foto, sem querer, lógico, com a tampa não encostada na garrafa, que é a marca das fotos do Santa Cerveja !! Mas é "original", rsrs . Seguem as impressões da Baltika Cooler Kynep:

Baltika Cooler Kynep  
Deg. 01/12/2011
Família – Lager
Estilo – Pale Lager (Standard American Lager).
Teor de álcool – 4,7 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Amarela/dourada, límpida.
Espuma – Boa formação e boa duração, branca, cremosa.
Aroma – “Vegetais cozidos”, leve adocicado, malte, mosto, (mel?).
Sabor – Leve corpo e boa carbonatação, adocicada, refrescante, maltes, levíssimo amargor (diria até desprezível) de lúpulo, final também adocicado.
Veredicto – Posso garantir que as cervejas Baltika que poderiam causar algum “impacto” já foram degustadas e apresentadas no Santa Cerveja !! Dos rótulos da cervejaria russa, este é com certeza, o menos expressivo! Uma pale lager que tem um bom creme e apresenta dulçor pronunciado, com nada de lúpulo no aroma e quase nada no sabor. É um estilo sem muito a oferecer sensorialmente. A regra aqui é “refrescar”. Assim como muitas cervejas pale lagers no mundo todo, a Cooler Kynep também utiliza milho em sua receita.

6 de dezembro de 2011

Brotas Beer Stout

A Brotas Beer foi fundada em março de 2010 na cidade de mesmo nome, situada em São Paulo e desde então, já foram realizadas 107 brassagens de vários estilos. O “comandante” e cervejeiro responsável pelas receitas é o Márcio Secafin, administrador de empresas que também é formado técnico cervejeiro pelo Senai/Vassouras. Até o mês de novembro último, a produção era de 700 litros/mês, mas agora com novo equipamento, ampliará a quantidade de cervejas que estarão disponíveis no mercado. Hoje, o cervejeiro trabalha com três receitas: Pilsen, Weiss e Stout. Minha mãe, em viagem à Brotas, encontrou a versão escura da cervejaria e, lógico, trouxe uma. Seguem as impressões da Brotas Beer Stout:

Brotas Beer Stout
Deg. 24/11/2011
Família – Ale
Estilo – American Stout
Teor de álcool – 6,0 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus (melhor a 8 graus)
Cor – Marrom bem escuro, quase preta.
Espuma – Boa formação e média duração, bege escura.
Aroma – Chocolate evidente, torrado, café expresso, (leve lúpulo resinoso??), (leve caramelo?).
Sabor – Médio corpo/encorpada e média carbonatação, torrado, café expresso, certa acidez, final levemente seco e adocicado.
Veredicto – Boa stout que apresenta mais chocolate do que café no aroma, quando se espera o contrário!! Mas isso não é demérito, não. Trata-se de boa receita do cervejeiro Marcio, que apresenta bom corpo, como pede o estilo, sendo mais intensa em sabor do que em aroma. O conjunto agrada e mostra que muita gente está produzindo ótimas cervejas no Brasil. Isso é motivo de orgulho pra todos nós!!!

1 de dezembro de 2011

Grado Plato Chocarrubica

O primeiro contato com este rótulo da italiana Grado Plato, foi no meu curso de sommelier de cervejas na ABS/ASI, em setembro de 2010. Tive a sorte de fazer o curso juntamente com funcionários e proprietário da importadora dessas boas cervejas. A Chocarrubica (lê-se acentuando a letra “ú”) é produzida sazonalmente e utiliza como ingredientes a semente de cacau, de alfarroba siciliana e 30% de aveia. Toda essa aveia faz com que o cervejeiro dispense cuidados especiais, como o tratamento na sala de cozimento por dois dias. Esta versão é totalmente diferente do que as pessoas conhecem por cerveja, inclusive por apresentar baixa carbonatação e pouco (na verdade quase zero) creme, considerando toda a oleosidade trazida pelas sementes utilizadas (vejam a foto abaixo). Assim como as outras Grado Plato, esta vem envasada em garrafas de 750 ml e com fechamento “flip top” de cerâmica. Única e interessante!! Seguem as impressões da Grado Plato Chocarrubica:

Grado Plato Chocarrubica
Deg. 01/12/2011
Família – Ale
Estilo – Chocolate/Cocoa Flavored Beer (para alguns, specialty beer)
Teor de álcool – 7,0 %.
Temperatura de serviço – No mínimo 11 graus. (a cervejaria sugere de 11 a 13 graus).
Cor – Marrom escuro com reflexos acastanhados. Última taça mais turva.
Espuma – Sem formação. Apenas uma camada perene faz as vezes.
Aroma – Cacau, licor de cacau, torrado, vinho/ madeira, álcool, manteiga de cacau.
Sabor – Médio corpo/encorpada e baixa carbonatação, chocolate, cacau, álcool, “sensação quente”, amargor do cacau (talvez induzido/sugestionado??), café, licorosa, leve adocicado, aveludada, leve acidez, final de licor de cacau/chocolate.
Veredicto – Diferente e boa para acompanhar sobremesas de chocolate, ou melhor ainda para final de refeição, fazendo as vezes do licor!! Uma garrafa serve muito bem umas oito pessoas. O álcool (7%) é bem inserido e moderadamente destacado em aroma e sabor. E uma característica que pode assustar alguns: não apresenta formação de espuma, mas é o que o cervejeiro pretendeu. Aliás, como já disse, em razão da utilização das sementes de cacau e alfarroba, que conferem gordura à receita, a falta de creme é, digamos, natural!

28 de novembro de 2011

Grado Plato Sticher

Esta receita da Grado Plato foi baseada na cerveja Sticke, que alguns a definem como sendo uma “espécie” de “bock” da Altbier. A Sticke é produzida pela cervejaria alemã Uerige e só é encontrada nas terceiras terças-feiras de janeiro e outubro. A Sticher italiana, segundo os importadores destes rótulos, provavelmente é a única do país que utiliza matérias primas cultivadas em seu próprio território. Uma das melhores cervejas italianas que degustei. Seguem as impressões da Grado Plato Sticher, também refermentada na garrafa:

Grado Plato Sticher
Deg. 26/11/2011
Família – Ale
Estilo – Specialty Beer (alguns a classificam como “Alt bock”)
Teor de álcool – 6,5 %.
Temperatura de serviço – 8 a 12 graus (cervejaria sugere de 10 a 12 graus).
Cor – Castanho escuro, reflexos avermelhados, levemente turva com maior turbidez na última taça.
Espuma – Boa formação e boa duração, bege, cremosa.
Aroma – Maltada, leve tostado, caramelo, lúpulos cítricos, frutada, “figo Ramy”, picante.
Sabor – Médio corpo e média/baixa carbonatação, amargor evidente de lúpulo, médio dulçor, leve caramelo, nozes, leve acidez, leve sensação seca, final amargo moderado/alto com sabor de lúpulo.
Veredicto - Uma cerveja diferente ou melhor, mais uma diferente do bom Birrificio Grado Plato. Esta versão mais “fortificada” de uma altbier alemã tem muitos encantos!!! É rótulo pra gosta de amargor, mas amargor bem inserido, assim como os maltes e o álcool da receita. Aliás, o álcool se percebe pela sensação quente mas não em aroma e sabor. O creme é excelente com boa persistência. Italianas como Grado Plato e Del Ducato sempre conseguem surpreender.

24 de novembro de 2011

Cas Raspberry Beer

Refrescante, suave, mas saborosa! Assim é esta fruit beer da Cas Cervejas Especiais, onde o cervejeiro maturou sua receita com framboesas. Seguem as impressões da Cas Raspberry Beer:

Cas Raspberry Beer
Deg. 24/11/2011
Família – Ale
Estilo – Fruit Beer.
Teor de álcool – 5,0 a 6,0 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Laranja avermelhado, “cor de suco de acerola”, pálida, turva. Última taça com partículas suspensas da fruta.
Espuma – Boa formação e boa/média duração, rosada.
Aroma – Leve framboesa, adocicada, “bala de framboesa, levíssimo lúpulo. 
Sabor – Médio/leve corpo e média carbonatação, boa acidez da fruta, leve adocicado, refrescante, moderado amargor da fruta, suave. 
Veredicto – Suavidade é a regra deste rótulo. Entendam a acidez como o “azedo”. Ótima pra beber sozinha ou acompanhando um bom bolo de frutas vermelhas. Refrescante e com aparência, que mesmo pálida, deixa a cerveja bonita e aguçando os sentidos. Nada enjoativa e nem mesmo a vedete da receita, a framboesa, incomoda! Quer uma fruit beer artesanal com qualidade?? Experimente esta Cas!

22 de novembro de 2011

La Géante

Como havia antecipado, mais uma da Brasserie Grain d’Orge. Esta receita que data de 1919, e foi a última criada pela cervejaria, leva arroz, trigo, açúcar, especiarias e claro, tudo que se encontra numa receita puro malte. Em homenagem e respeito à história da Grain d’Orge, no gargalo desta versão, tem uma “etiqueta” com a informação do que para nós, é o sobrenome dos fundadores e o ano de inauguração da cervejaria, 1898. Seguem as impressões da La Géante, com tampa "flip top":

La Géante
Deg. 22/11/2011
Família – Ale
Estilo – Biere de Garde (blonde)
Teor de álcool – 7,4 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus (ou mais aquecida).
Cor – Alaranjado escuro/âmbar escuro, límpida.
Espuma – Ótima formação e boa duração, bege bem claro.
Aroma – Lúpulo herbal, adocicada, cítrico, álcool, moderadamente frutada, maçã, “mofo” evidente, leve especiarias.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, dulçor moderado/intenso, amargor de lúpulo, certa acidez, frutada, leve sensação quente e licorosa.
Veredicto – Apresenta coloração muito bonita. Mais adocicada que a Grain d’Orge Cuvée, apresentada no post anterior. Os aromas das “farmhouse ales” se fazem presentes pelo “mofo” e não pelo”celeiro/fazenda” que neste rótulo são desprezíveis. Não foi minha melhor experiência com o estilo, ainda mais por ter degustado imediatamente antes, uma ótima biere de garde. Mas não é que seja ruim! Muito pelo contrário, é só uma questão de preferência de rótulo. Há quem goste do adocicado, eu prefiro o referido atributo menos evidente. Vale pela história do rótulo.

20 de novembro de 2011

Grain d'Orge Cuvée 1898

A Brasserie Grain d’Orge é uma cervejaria tradicional e familiar fundada em 1898 na cidade de Ronchin, nordeste da França (hoje comandada pela 4ª geração) e ficou mundialmente famosa pela produção da Belzebuth, que tem como slogan, ser considerada a cerveja mais forte do mundo de produção em alta escala e ampla distribuição em todo o mundo. Até existem rótulos com graduação alcoólica mais alta, mas com pequena produção e salgados preços. Mas hoje, apresento outro rótulo da Grain d’Orge, que representa um estilo bastante produzido e consumido na França, o Biere de Garde. A Grain d’Orge Cuvée 1898 provavelmante foi uma das primeiras receitas criadas pela cervejaria e utiliza em sua formulação, três maltes, o que faz com que alguns a interpretem como sendo uma Tripel. Seguem as impressões da Grain d’Orge Cuvée 1898:

Grain d’Orge Cuvée 1898
Deg. 18/11/2011
Família – Ale
Estilo – Biere de Garde (blonde)
Teor de álcool – 8,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus (melhor a 7 graus).
Cor – Âmbar/alaranjado, límpida, com última taça um pouco mais turva.
Espuma – Boa formação e boa duração, bege clara, cremosa.
Aroma – Frutada, pêra, (mamão??), compota de frutas, lúpulo herbal, doce, cítrico, “celeiro/fazenda” intenso, picante, álcool, maltes.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, frutado, mamão, amargor moderado, resinosa, adocicada, certa adstringência, “viscosa”, leve acidez.
Veredicto – Outra biere de garde francesa!! E mais uma de ótima qualidade. O aroma de “celeiro”, característico do estilo, é bem evidente neste rótulo, mas não incomoda. O álcool também aparece, mas na medida certa, em equilíbrio com os maltes e lúpulos que fazem lembrar suas presenças. Quando mais aquecida, o atributo alcoólico, o amargor e o sabor de mamão, ficam mais evidentes. Isso mesmo, mamão!!!!!!!!!! Um gostoso sabor de mamão! Provavelmente uma das melhores biere de garde que visitou minhas taças!

16 de novembro de 2011

Celtic Bier

Às vezes prometo algumas cervejas e acabo lembrando de outras que já degustei há tempos atrás e que não posso deixar de apresentar pra vocês. Esta cerveja de hoje, foi presente de uma tia (tia Ina), que em viagem pela Europa, encontrou dois rótulos, sendo um deles a Celtic Bier, cerveja orgânica adquirida em Insbruck, na Áustria. Esta cerveja é produzida pela Thorbräu Augsburg, cervejaria alemã, que tem em seu portfolio várias versões, inclusive uma Kellerbier, estilo que está sendo quase que “ressuscitado”, considerando que poucas cervejarias ainda o produzem. A Karavelle de Indaiatuba/SP, seguindo a “onda”, disponibiliza esse estilo. Isso mesmo, uma cervejaria do interior de São Paulo faz uma kellerbier!!! Não costumo colocar links para os sites das cervejarias que posto, mas essa, vale a pena conferir, já que as versões da Thorbräu Augsburg, não estão disponíveis no Brasil. Seguem as impressões da Celtic Bier:

Celtic Bier
Deg. 05/12/2009
Família – Lager
Estilo – Pale Lager Orgânica.
Teor de álcool – 5,0 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourada.
Espuma – Ótima formação e boa duração, branca.
Aroma – Lúpulo agradável, cereais, doce, malte.
Sabor – Leve corpo e média carbonatação, leve doce de maltes, amargor leve e agradável, pão, final levemente seco e amargo equilibrado com leve dulçor.
Veredicto – Excelente pale lager. Infelizmente esta cerveja não é importada pelo Brasil. Cervejas deste estilo costumam não gerar muita emoção, que é característica do estilo, mas esta me surpreendeu e agradou!! Mesmo sendo uma pale lager, tem uma certa personalidade combinada com ótimo drinkability. Na própria garrafa é informado que a lei da pureza alemã é seguida! A garrafa e rótulo são bem legais!

14 de novembro de 2011

Hoegaarden De Verboden Vrucht

Famosa cerveja de trigo belga, a Hoegaarden já foi degustada e devidamente apresentada neste blog, assim como também, a saborosíssima Hoegaarden Grand Cru. Para acrescentar ao rol do Santa Cerveja !! mais uma boa versão da “família Celis” vou falar de uma das irmãs também prestigiada como as anteriores: a Hoegaarden Verboden Vrucht. Esta talvez seja a cerveja que mais aguardei da Hoegaarden, até por tratar do “proibido”. Seu nome pode ser lido no rótulo escrito nas duas línguas principais da Bélgica. Em neerlandês (Verboden Vrucht) e em francês (Le Fruit Défendu). O Rótulo traz ainda Adão e Eva no paraíso, ambos segurando uma taça de cerveja. Produzida inicialmente pela cervejaria Cerckel, esta versão foi batizada de Diesters, remetendo a cidade de Diest, na Bélgica. Posteriormente, quando a Cerckel foi adquirida pela Haacht, e com a proibição da utilização do referido nome fez “nascer” a idéia, bem sacada, do “Fruto Proibido”. A ilustração bem humorada, é baseada na pintura original “Adão e Eva”, do artista alemão Peter Paul Rubens. Seguem as impressões da Hoegaarden De Verboden Vrucht:

Hoegaarden De Verboden Vrucht
Deg. 24/09/2011
Família – Ale
Estilo – Strong Dark Ale.
Teor de álcool – 8,5 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus (rótulo sugere 5 a 6 graus).
Cor – Cobre, turva.
Espuma – Boa formação e boa duração, cremosa, bege.
Aroma – Frutada, ameixa, banana passa, fermento, maltes, caramelo, álcool, condimentos, (chocolate?).
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, maltes, frutada, ameixa, caramelo, álcool, moderado amargor de lúpulo, leve “sensação quente”, leve tostado, levíssima acidez, final moderadamente seco.
Veredicto – A experiência será bem melhor se degusta-la mais quente do que o rótulo sugere. O ideal seria em torno de 10 graus mesmo. O álcool embora perceptível em aroma e sabor, não agride, se apresentando bem inserido. Boa cerveja com bom preço pra quem vende!! Rsrs. De qualquer forma, vale muito pelo conjunto da obra e pela história que envolve o próprio rótulo do “Fruto Proibido”. Também foi com certeza, uma das cervejas com o álcool mais bem empregado na receita que experimentei.

11 de novembro de 2011

Cas Blueberry Porter

Como prometido em posts anteriores, encerro as Cas por enquanto, já que recebi mais novidades do cervejeiro, e apresento uma belga e duas cervejas francesas. O que posso fazer se o Cassiano faz boas cervejas!!!? Juízes de concursos precisam estar atentos às produções de São Manoel/SP! Seguem as impressões da equilibrada Cas Blueberry Porter:

Cas Blueberry Porter
Deg. 08/11/2011
Família – Ale
Estilo – Fruit Beer (Porter com mirtilos).
Teor de álcool – 6,0 a 7,0 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Marrom bem escuro, quase preta, com reflexos arroxeados.
Espuma – Média/pouca formação e pouca duração, bege.
Aroma – Chocolate, torrado evidente, leve cítrico, leve álcool.
Sabor – Médio/leve corpo e média carbonatação, acidez agradável do mirtilo, leve/moderado amargor, torrado, leve sabor da fruta utilizada, final levemente seco e frutado.
Veredicto – A Cas mais equilibrada que degustei depois da última que havia pensado ser a mais equilibrada, entendeu?? Esta porter ficou mais leve do que normalmente se apresenta uma cerveja do estilo. Isso se deu em razão da acertada utilização das blueberrys (mirtilos) em forma de suco pasteurizado sem utilização de conservantes. Fácil de beber e com teor alcoólico perigoso, já que não se percebe os até 7% de álcool que tem, a não ser pelo leve aroma do atributo. Totalmente recomendada!!!!

10 de novembro de 2011

Cas Best Chocolate

Este rótulo Cas, poderia ser classificado como Chocolate/Cocoa Flavored Beer, mas utilizou chocolate branco na receita. Assim, esta cerveja deliciosamente viciante, que recebeu selo Santa Cerveja !!, ficou melhor estabelecida como Specialty Beer. Seguem as impressões da Cas Best Chocolate:

Cas Best Chocolate
Deg. 25/10/2011
Família – Ale
Estilo – Specialty Beer ver direito!!.
Teor de álcool – 8,0 a 9,0 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus (melhor a 8 graus).
Cor – Marrom escuro.
Espuma – Boa formação e boa duração, cremosa.
Aroma – Chocolate amargo, torrado, licor de cacau, toffee, leve álcool, fermento.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, levemente adocicada, torrado, caramelo, chocolate amargo, aveludada, leve acidez agradável, leve álcool, final amargo de malte torrado com adocicado.
Veredicto – “O melhor chocolate”!! O nome faz jus à receita. O chocolate branco e amargo utilizados na receita equilibram esta porter. Saborosa com corpo aveludado e aroma delicado. O cervejeiro também conseguiu a proeza de um belo creme, mesmo utilizando o chocolate branco, sabidamente gorduroso. Coisas da alquimia cervejeira!! Santa Cerveja !!

7 de novembro de 2011

Cas Red Navigators

Começo hoje, a apresentar mais três produções da Cas Cervejas Especiais. Depois duas francesas e italianas. Seguem as impressões da Cas Red Navigator envasada em garrafa de alumínio importada:

Cas Red Navigator
Deg. 18/10/2011
Família – Ale
Estilo – Red Ale.
Teor de álcool – 4,0 a 5,0 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Castanho escuro, levemente turvo. Mais turva no último copo.
Espuma – Boa formação e média duração, bege.
Aroma – Lúpulo moderado, maltes, leve caramelo, notas frutadas leves.
Sabor – Médio corpo e média/baixa carbonatação, maltada com leve caramelo, adocicada, médio amargor de lúpulo, leve frutado, leve acidez, final adocicado agradável.
Veredicto – Bem equilibrada. Uma representante do estilo americano amber/red ale, que diferentemente do estilo irlandês, tem caramelo menos evidente com lúpulos remetendo aos americanos. Depois da Blonde e da Quadrupel, esta versão é a terceira Cas de “estilo puro” que degusto. Outra vez chamo atenção para o cuidado do envase em garrafa diferenciada. Isso é atitude a ser reconhecida no mundo cervejeiro caseiro!!! Tô certo??!! Boa experiência!!

3 de novembro de 2011

Sauber Beer Lemon

Esperava outras sensações desta versão Sauber, mas vale pela experiência. Seguem as impressões da Sauber Beer Lemon:

Sauber Beer Lemon
Deg. 08/10/2011
Família – Ale
Estilo – Fruit Beer.
Teor de álcool – 8,0 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus (melhor a 2 graus).
Cor – Castanho claro, turva.
Espuma – Média formação e média duração, bege.
Aroma – Limão evidente, cítrico, doce.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, limão destacado, doce, amargor moderado de limão, cítrico, leve amargor de lúpulo, boa acidez.
Veredicto – Não existe regra que impõe um estilo base para a produção de uma fruit beer. E assim fez o Renato, agiu livre e solto para fazer sua cerveja com limão. A garrafa me remeteu a festividades e, por isso, o flute foi escolhido para apreciar a Lemom. Mas depois de abrir a amostra, o aspecto mostrou-se mais sizudo e se soubesse, teria utilizado outro copo. A cerveja tem o limão dominando totalmente aroma (mais agradável) e sabor (mais enjoativo) com notas acidas e bom dulçor como tônicas da receita. O álcool declarado de 8,0% não é percebido em qualquer momento. A utilização de rolhas iguais as de Sidra Cereser foi interessante!

31 de outubro de 2011

Sauber Beer Weizen

Depois de uma sequência de cervejas Sauber escuras, uma clara pra descontrair!! Seguem as impressões da Sauber Beer Weizen:

Sauber Beer Weizen
Deg. 08/10/2011
Família – Ale
Estilo – Weizenbier.
Teor de álcool – 5,0 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Âmbar claro, turva.
Espuma – Pouca formação e média/pouca duração, branca.
Aroma – Banana destacada, cravo, doce, frutado, fermento.
Sabor – Médio/leve corpo e média/boa carbonatação, doce, maltes, banana, leve cravo, frutada, fermento, certa acidez, leve amargor, refrescante.
Veredicto – Aromas e sabores clássicos das cervejas do estilo. Somente o creme poderia e deveria ter maior formação e duração. Esquecendo esse detalhe, é uma cerveja refrescante e muito fácil de beber. Justa, honesta e verdadeira! Boa Weizen!

28 de outubro de 2011

Sauber Beer Dunkel

Agora, uma escurinha de baixa fermentação. Seguem as impressões da Sauber Beer Dunkel, boa cerveja da escola alemã:

Sauber Beer Dunkel
Deg. 07/10/2011
Família – Lager
Estilo – Munich Dunkel.
Teor de álcool – 6,0 %.
Temperatura de serviço – 5 a7 graus.
Cor – Marrom, média turbidez.
Espuma – Ótima formação e boa duração, bege, com certa cremosidade .
Aroma – Tostado, toffee, caramelo, doce, maltes, biscoito, levíssimo lúpulo, (notas de chocolate??).
Sabor – Médio/leve corpo e boa carbonatação, torrado, doce dos maltes, leve sabor com moderado amargor de lúpulo, leve acidez, final amargo /doce moderados.
Veredicto – Descontando o teor alcoólico que fica um pouco acima do máximo para o estilo, é uma excelente Dunkel. Bastante equilibrada. Doce e amargo de mãos dadas proporcionando uma experiência “serena”. Sabor sem agressividade define este rótulo. Mesmo não sendo um dos estilos que frequentam meus copos regularmente, compraria outra garrafa. Vale mesmo a pena.

25 de outubro de 2011

Sauber Beer Stout

Mais uma escura da cervejaria paulista de Mogi. Seguem as impressões da Sauber Beer Stout:

Sauber Beer Stout
Deg. 03/10/2011
Família – Ale
Estilo – American Stout.
Teor de álcool – 4,9 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Marrom escuro, quase preta.
Espuma – Média formação e média duração, bege.
Aroma – Malte torrado, leve caramelo, leve café, leve lúpulo.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, moderado doce dos maltes, médio amargor e sabor de lúpulo, acidez moderada, leve café, final torrado e seco.
Veredicto – Boa stout, principalmente em sabor. Dentro do leque de opções, ou “sub-divisões” do estilo, fica mais próxima de uma american stout, por todo o exposto. Mas apresenta sensação seca e adstringente que normalmente são atributos trazidos pela cevada torrada não maltada. Mas não sei se o cervejeiro utilizou tal adjunto. O fato é que trata-se de uma boa stout que se junta às minhas preferidas da marca.

21 de outubro de 2011

Sauber Beer Dunkel Weizen

O cervejeiro da Sauber tem receitas que não acabam mais. Seguem as impressões da Sauber Beer Dunkel Weizen:

Sauber Beer Dunkel Weizen
Deg. 03/10/2011
Família – Ale
Estilo – Weizenbier Dunkel.
Teor de álcool – 5,3 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus (melhor a 4 graus)
Cor – Castanho escuro/marrom, turva.
Espuma – Média/pouca formação e média/pouca duração, bege.
Aroma – Tostado, caramelo queimado, fermento, adocicada, leve banana, levíssimo picante, (leve frutado??), (leve café?).
Sabor – Médio/leve corpo e média carbonatação, maltada, adocicada, tostado, adstringente, (café?), final adocicado agradável e moderadamente seco.
Veredicto – Bela cor!! Seria mais legal se estivesse mais carbonatada e com melhor formação e duração de espuma, que são atributos característicos do estilo proposto. Mas é uma trigo escura bem fácil de beber com torrado e banana guiando a receita. Este rótulo já havia degustado lá na Sauber, junto com o Renato e, da mesma forma, mostrou-se uma cerveja “sutil”, mesmo no tostado dos maltes. Boa cerveja de um estilo que aprecio bastante!! A Dubbel e esta weizen são minhas eleitas para mais uma garrafa... até agora!!!!

18 de outubro de 2011

Sauber Beer Brown Ale

Sei que estou um pouco ausente nas postagens que não estão ocorrendo com a frequência de outras horas! Mas acreditem, é por uma ótima causa cervejeira! Mesmo assim, não abandono o Santa Cerveja !! de jeito algum! E continuando com as cervejas de Mogi Mirim/SP, seguem as impressões da Sauber Beer Brown Ale:

Sauber Beer Brown Ale
Deg. 29/09/2011
Família – Lager
Estilo – Brown Ale (English??).
Teor de álcool – 5,7 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Marrom escuro.
Espuma – Média formação e média duração, cremosa, bege.
Aroma – Maltado, tostado, chocolate, adocicada, caramelo, (levíssimo lúpulo?), café.
Sabor – Médio corpo e média/baixa carbonatação, caramelo, tostado destacado, doce, certa acidez, médio/leve amargor, do malte tostado, levíssimo amargor de lúpulo, final adocicado com leve café.
Veredicto – Brown ale que apresenta mais características do que se espera para o estilo. O cervejeiro da Sauber tem produzido vários estilos distintos e, por enquanto, a Dubbel está imbatível. Embora muito adocicada em sabor, este rótulo lembra mais uma brown inglesa, principalmente pelo discreto, mas percebido lúpulo no aroma e sabor. A versão americana do estilo tem lúpulo mais intenso. Boa cerveja!

16 de outubro de 2011

Sauber Beer Pilsen Especial

Esta pilsen, normalmente não é a produzida pela Sauber! Trata-se de uma receita elaborada pelo Renato e outro cervejeiro para participação em um concurso, realizado há tempos atrás. Por isso o “especial” expresso na tampa. O objetivo era o “nascimento” de uma Bohemian Pilsener. Seguem as impressões da Sauber Beer Pilsen Especial:

Sauber Beer Pilsen Especial
Deg. 29/09/2011
Família – Lager
Estilo – Bohemian Pilsener.
Teor de álcool – 5,2 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Âmbar, turva.
Espuma – Ótima formação e ótima duração, bege bem clara.
Aroma – Maltes, lúpulo menos intenso (mas presente), biscoito.
Sabor – Médio corpo e boa carbonatação, doce dos maltes, sabor e amargor de lúpulos moderados/leves, biscoito, leve acidez.
Veredicto – Boa cerveja! Mesmo devendo prevalecer um pouco mais os maltes, por ter como proposta uma bohemian, poderia ter um pouco mais de amargor de lúpulo, o que a equilibraria mais. Glórias para o creme que é persistente e com ótima formação. Amanteigado e “milho cozido”, que podem ser percebidos no estilo, também não foram notados! Classifiquei como o cervejeiro o fez, embora delicadamente fora do estilo.

13 de outubro de 2011

Sauber Beer Ale

O Renato, responsável pelas receitas da cervejaria de Mogi, “reformou” seu site, os rótulos de cada estilo e está aumentando a capacidade de produção com nova cozinha. Seguem as impressões da Sauber Beer Ale:

Sauber Beer Ale
Deg. 26/09/2011
Família – Ale
Estilo – Pale Ale (pendendo para uma English Pale Ale)
Teor de álcool – 5,3 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Cobre alaranjado/âmbar, turva.
Espuma – Boa formação e ótima duração, bege clara.
Aroma – Lúpulo moderado, maltes, caramelo, adocicado, herbal, (leve terroso?).
Sabor – Médio corpo e média/boa carbonatação, malte moderado, leve caramelo, médio amargor e sabor de lúpulo, final adocicado com certa acidez, retrogosto levemente amargo.
Veredicto – O “famoso” “gushing” ocorreu no momento da abertura da garrafa. Com turbidez a frio, se mostrou uma boa pale ale com agradável amargor dos lúpulos. Os maltes também são notados e trazem o caramelo mais destacado, em equilíbrio com o conjunto. Mais uma Sauber com qualidade e uma boa opção nacional para o estilo produzida pelo simpático Renato. No último copo somaram-se sabor e amargor característicos de fermento! Gostei!

11 de outubro de 2011

Sauber Beer ESB

Depois dos primeiros contatos com as cervejas Sauber de Mogi Mirim/SP, tive a oportunidade de conhecer a cervejaria e acompanhar a brassagem da Sauber Bock, que por ironia, será a única da marca que não postarei, pois quando da minha visita, a referida versão havia esgotado. O cervejeiro Renato é realmente um anfitrião de primeira e me recebeu em agosto passado. Junto com sua esposa, me contou como iniciou sua aventura cervejeira (que já contei aqui) e sobre os processos que envolvem a fabricação das cervejas. Agora passo a apresentar, uma a uma, as nove versões que ainda faltavam no Santa Cerveja !! e prometo que também trarei a bock. Seguem as impressões da Sauber Beer ESB:

Sauber Beer ESB
Deg. 26/09/2011
Família – Ale
Estilo – ESB.
Teor de álcool – 6,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Cobre/acastanhada, turva.
Espuma – Boa formação e boa/média duração, bege.
Aroma – Lúpulo moderado, malte, adocicado, leve frutado, levíssimo álcool, fermento.
Sabor – Médio corpo e média/boa carbonatação, sabor e amargor de lúpulo moderados, leve residual maltado, frutada, acidez moderada.
Veredicto – A carbonatação que se apresenta média/alta, é aceitável quando engarrafa, que é exatamente o caso. Muito comum nas ESB, o aroma de castanhas/nozes, não aparece nesta versão da Sauber. É mais intensa que a Pale Ale, principalmente no amargor dos lúpulos. Aliás o estilo analisado deve ser mesmo mais marcante em todas as sensações! Talvez a classificasse como uma pale ale “mais lupulada”. No resumo dos acontecimentos, uma boa cerveja!

10 de outubro de 2011

Brakspears Triple

A Brakspear Brewing foi fundada em 1779 por parentes distantes de Nicholas Brakspear, único papa britânico, conhecido como Adriano IV. Após seu fechamento, foi adquirida pela cervejaria Wychwood (hoje pertencente ao Grupo Marston’s PLC) em 2002, que transferiu para Witney, todo equipamento original da Brakspear, inclusive os famosos tanques de fermentação “double drop”, que continuam a ser utilizados na produção das cervejas. A linhagem de leveduras Brakspear também é aproveitada. Vamos começar com a versão que chegou no Brasil. Seguem as impressões da Brakspears Triple, refermentada na garrafa que é numerada. As garrafas com numeração de 1651658 a 1682511, onde se “encaixa” a minha amostra, foram envasadas em 08/01/2011. E a aveia faz parte da receita. Esses detalhes também fazem uma boa cerveja.

Brakspears Triple
Garrafa 1652994
Deg. 23/09/2011
Família – Ale
Estilo – Old Ale
Teor de álcool – 7,2 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus (melhor a 7 graus)
Cor – Castanho escuro, límpida.
Espuma – Boa formação e boa/ótima duração, bege, cremosa.
Aroma – Toffee, caramelo, doce, lúpulo, levíssimo álcool, picante, banana passa/bananada, (condimentada?), (fermento?), leve mel.
Sabor – Médio corpo e baixa carbonatação, doce, “caramelo queimado”, castanhas/nozes, leve “sensação quente”, final seco e amargo de lúpulo.
Veredicto – Aroma fantástico! Diferente de tudo que li e vi, o creme é de excelente formação e duradouro. Refermentada na garrafa e com adição de lúpulo em três momentos diferentes, faz desta versão uma cerveja muito equilibrada e com ótimo drinkability. Mesmo com seus 7,2 % de álcool e adocicada em alguns momentos na boca, é facilmente consumida. Doce no primeiro contato com a boca seguido de delicioso final amargo. Quase não se percebe o álcool no sabor que se faz presente mesmo pela sensação de calor que provoca. Santa Cerveja !!

7 de outubro de 2011

Kaiser Bock 2011

Demorei, mas hoje trago a Bock sazonal da Kaiser. É interessante vocês perceberem que mudo a taça a cada ano, e ainda assim, alguns copiam as fotos de 2010 e descrevem a cerveja de 2011. Preciso dizer mais alguma coisa? Seguem as impressões da Kaiser Bock 2011:

Kaiser Bock 2011
Deg. 24/09/2011
Família – Ale
Estilo – Bock
Teor de álcool – 6,2 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Avermelhada, límpida.
Espuma – Boa formação e média duração, bege.
Aroma – Maltes, doce, leve defumado, caramelo, açúcar queimado, lúpulo moderado/ leve, (frutada?).
Sabor – Médio corpo, média carbonatação, doce seguido de amargor moderado, defumado muito leve, boa acidez, final levemente seco.
Veredicto – Embora muitos depreciem esta versão da Kaiser, trata-se de uma cerveja honesta e bem feita. A Kaiser Bock 2011 continua com a mesma decência dos anos anteriores. Dentro do comum, se destaca, sim!

5 de outubro de 2011

Green’s Quest

Degustei quatro, das oito versões Green’s. Hoje apresento a quarta e a melhor, pelo menos em comparação aos rótulos degustados, lógico. Para quem se interessar, as cervejas que ainda faltam ser apresentadas no Santa Cerveja !! são a Pioneer, a Discovery, a Herald e a Trablazer. Seguem as impressões da Green’s Quest:

Green’s Quest
Deg. 14/07/2011
Família – Ale
Estilo – Gluten-Free Beer (BA)/ Specialty Beer (BJCP) - (Próxima de uma Tripel como expressado no rótulo. Para alguns, é uma Belgian Pale Ale)
Teor de álcool – 8,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Âmbar, turva (menos quando mais aquecida).
Espuma – Boa formação e boa duração, bege, lembra “poluição de rio”.
Aroma – Medicinal/remédio, cítrico evidente, “vinho”, doce, levíssimo álcool, fermento, (coentro??).
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, álcool, medicinal/remédio, amargor de (lúpulo?), certa acidez, final amargo que não é de lúpulo!!
Veredicto – É a Green’s que mais me empolgou! Como já havia falado anteriormente, as cervejas sem glúten infelizmente não se aproximam muito dos estilos propostos. Porém, a que chegou mais perto, foi esta tripel!! Mas os aromas e sabores de vinho, fermento e medicinal (não estou falando de esparadrapo, que seria um off flavor, ou daquele aroma também medicinal, característico da cerveja Orval, que é uma qualidade) estão presentes outra vez, ofuscando outras notas que poderiam ser percebidas se estivessem mais discretos ou equilibrados.

2 de outubro de 2011

Green’s Pathfinder

É isso! Seguindo com as cervejas sem glúten da inglesa Green’s. Hoje a versão que a própria cervejaria define como uma Dubbel com o estilo expresso no rótulo. Seguem as impressões Green’s Pathfinder:

Green’s Pathfinder
Deg. 09/07/2011
Família – Ale
Estilo – Gluten-Free Beer (BA)/ Specialty Beer (BJCP) - (Cervejaria apresenta como Dubbel).
Teor de álcool – 7,0 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Marrom, quase preta, com reflexos avermelhados, límpida contra a luz! O fermento ficou depositado na garrafa.
Espuma – Ótima formação e média duração, bege.
Aroma – Vinho, fermento, doce, “xarope”, “remédio”, nota quase desprezível de lúpulo, “queimado”, leve caramelo.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, fermento, vinho, frutada, frutas escuras, leve amargor e acidez, levíssimo lúpulo, caramelo, doce evidente no final.
Veredicto – É!! Infelizmente as cervejas Green’s não são maravilhosas. Entendo que talvez, para retirar o glúten, (ou utilizar ingredientes que não tem a referida proteína), a cerveja passe por processos que a deixam um pouco sem personalidade. Apresenta até boas informações sensoriais, mas que não conseguem defini-la. A grande realidade é que quase todas as versões que degustei até agora, são muito parecidas. As notas de vinho, fermento e remédio/xarope estão sempre presentes. Mas não são ruins, não! Vejam que o objetivo aqui é atrair o público celíaco, que passa a ter opção de eleger uma cerveja como sua bebida favorita!

29 de setembro de 2011

Green's Mission

Mais uma versão sem glúten da inglesa Green’s. Seguem as impressões da Green’s Mission:

Green’s Mission
Deg. 08/07/2011
Família – Ale
Estilo – Gluten-Free Beer (BA)/ Specialty Beer (BJCP) - (para alguns, é uma amber lager??)
Teor de álcool – 6,0 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Castanho escuro, turva.
Espuma – Boa formação e média duração, bege.
Aroma – Fermento, álcool, “xarope pra tosse”, doce, vinho, frutado, leve lúpulo terroso e herbal.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, amargor médio/leve de lúpulo, leve acidez, fermento característico da Green’s, frutado, leve adstringência, final adocicado de malte com fermento.
Veredicto – Assim como a Endeavour, esta versão da Green’s também é indefinida. Algumas características como cor, intensidade de malte e o álcool, remetem a uma Amber/Red Ale. Outras como o leve aroma herbal e terroso, fazem lembrar uma English Pale Ale. Mas somado a isso tudo, tem-se ainda aroma e sabor de vinho, fermento e um frutado bem destacado. Por isso a considerei uma cerveja especial e assim a classifiquei! Uma boa cerveja sem glúten. Bem melhor que a experiência anterior com a Endeavour.

27 de setembro de 2011

Green's Endeavour

A cerveja Green’s Free Gluten foi criada por Derek Coopers que possui intolerância ao glúten. Pessoas que sofrem com esse problema são conhecidas como celíacas. O mestre cervejeiro da Green’s utiliza receitas muito antigas e secretas, além de técnicas também não divulgadas para conseguir como resultado, cervejas sem glúten, mas com sabor. Pertencente à Associação de Celíacos de Londres e da Comunidade Européia, é a cervejaria mais premiada na categoria “gluten free”. Essa introdução é encontrada no site da cervejaria. Nesse site, também indicam seus produtos para adeptos de dietas vegetarianas e vegan. De qualquer forma, acho sempre prudente procurar seu médico, caso tenha interesse em degustar esses rótulos. Oito versões chegaram no Brasil. Então vamos começar as experimentações lembrando que todas são refermentadas na garrafa. Seguem as impressões da Green’s Endeavour:

Green’s Endeavour
Deg. 25/12/2010
Família – Ale
Estilo – Gluten-Free Beer (BA)/ Specialty Beer (BJCP) - (alguns defendem como sendo uma Dubbel).
Teor de álcool – 6,0 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Marrom escuro com reflexos avermelhados.
Espuma – Pouca formação e duração, bege.
Aroma – “Xarope de tosse”, vinho tinto evidente, leve álcool, leve torrado, (chocolate??), madeira.
Sabor – Médio corpo e baixa carbonatação, seca, leve amargor, uvas frescas, chocolate, madeira, vinho tinto seco.
Veredicto – Me perdoem os celíacos, mas esta não é a melhor cerveja pra vocês!! A Green’s tem rótulos melhores!! Esta versão lembra mais vinho tinto que cerveja. Alguns a classificam como dubbel, que tirando os reflexos avermelhados da cor, em nada lembra o estilo. Resumindo, trata-se de um “vinho tinto” frisante disfarçado de cerveja sem glúten. Prefira outras!! Ahhh!! Minha esposa gostou!! O que me faz lembrar do meu jargão: GOSTO É GOSTO!!! E ninguém é dono da verdade!!! Que bom...

24 de setembro de 2011

Brassagem a 4 mãos!! Santa Cerveja !! e Cas Cervejas Especiais !

Já postei algumas cervejas da Cas Cervejas Especiais e acabei por conhecer, hoje meu amigo, o Cassiano, responsável pela produção das boas versões de São Manuel/SP. A novidade é que decidimos produzir uma cerveja em conjunto, em Serra Negra/SP, numa dobradinha “Cas/Santa Cerveja !!”. Lá em Serra produzo minhas versões e receberei o “mestre Cas” para o nascimento da “HaickCas”, uma IPA americana. O rótulo em primeira mão pra vocês, logo abaixo. Outras novidades como novo equipamento para produção de minhas cervejas e novas parcerias serão divulgadas em breve. Saúde!!!

22 de setembro de 2011

Warsteiner Premium Verum

Mais uma versão de qualidade da alemã Warsteiner. Esta verdadeira german pils é muito boa. Detalhe que esta garrafa da foto é de 660ml e é produzida na Alemanha mesmo. Diferentemente da “litrão”, que vem da Argentina. Se interessar, leia sobre a Warsteiner Dunkel e um pouco da história da cervejaria aqui. Seguem as impressões da Warsteiner Premium Verum:

Warsteiner Premium Verum
Deg. 22/09/2011
Família – Lager
Estilo – German Pils.
Teor de álcool – 4,8 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourada, límpida.
Espuma – Boa formação e boa duração, branca, relativamente cremosa.
Aroma – Lúpulo, malte menos intenso, leve mosto, cereais.
Sabor – Médio/ leve corpo e boa carbonatação, "crocante", moderado sabor e amargor de lúpulo, leve doce, refrescante, leve acidez e certa adstringência.
Veredicto - Mais uma foto que muita gente vai copiar e postar em seus blogs e sites, como se deles fossem. Mas lembrem-se, é uma foto do Santa Cerveja !! Belo creme! Uma pilsen honesta e uma das minhas preferidas. Não há o que inventar! Uma verdadeira pilsen alemã com lúpulo em evidência e o malte coadjuvante, porém tudo em harmonia. Vale experimentar! Boa cerveja para quem pretende experimentar algo diferente de uma mainstream, sem assustar!

19 de setembro de 2011

Gavroche

Outra cerveja da francesa St. Sylvestre. Desta vez uma bela representante de bière de garde escura, que fica entre uma ambrée e uma brune. No livro “Lês Miserables” (Os Miseráveis), de Victor Hugo, o personagem Gavroche é um garoto rebelde que é ignorado pela família. Nasceu na França do Século XIX, num período de revolução e acaba morrendo quando recolhia balas próximas às barricadas. Triste??!! Mas a cerveja é excelente!! Note que o rosto do menino Gavroche aparece no rótulo e na tampa da cerveja. Seguem as impressões da Gavroche:

Gavroche
Deg. 19/09/2011
Família – Ale
Estilo – Bière de Garde.
Teor de álcool – 8,5 %.
Temperatura de serviço – 10 a 12 graus. (Cervejaria sugere de 10 a 12 graus)
Cor – Castanho claro pouco alaranjado, turva.
Espuma – Ótima formação e boa duração, bege, cremosa.
Aroma – Doce, caramelo, torrado muito leve, frutas vermelhas, levíssimo chocolate, leve álcool, condimentos, (madeira??).
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, doce, certa licorosidade, chocolate, frutada, leve acidez, nozes, leve álcool, leve amargor, final seco com leve “sensação quente”.
Veredicto – Excelente cerveja!! Muito rica em aromas e sabores! É até complexa, mas diga-se, a temperatura aqui é fundamental. Tem que ser servida a pelo menos 10 graus. Embora adocicada e com o lúpulo não tão evidente em amargor e sabor, é equilibradíssima! Desta vez acertei na expectativa! A Gavroche é mesmo uma bela cerveja francesa, bonita no copo com corpo aveludado. Vocês acham que eu gostei!!!??? Demais!

17 de setembro de 2011

3 Monts

A Brasserie St Sylvestre é uma clássica cervejaria francesa, localizada na aldeia de St Sylvestre Cappel, próxima a uma região de cultivo de lúpulos e perto fronteira belga. Dados históricos mostram que já existia uma cervejaria nesta região antes do início da Revolução Francesa em 1789. Porém não se tem a data precisa de sua fundação. Vários rótulos são produzidos pela St Sylvestre, mas apenas duas cervejas, por enquanto, chegaram ao Brasil. Ambas da linha “Les Bières Spéciales”, sendo que a Gavroche, é refermentada na garrafa. Seguem as impressões da 3 Monts, que assim foi batizada devido aos três “montes” que circundam a cervejaria ( Monte Noir, Monte des Cats e Monte Cassel):

3 Monts
Deg. 17/09/2011
Família – Ale
Estilo – Bière de Garde (blonde).
Teor de álcool – 8,5 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus. (Cervejaria sugere de 8 a 10 graus). Melhor a 10 graus ou mais quente.
Cor – Dourada, límpida.
Espuma – Ótima formação e boa duração, bege bem claro.
Aroma – Malte, mosto, álcool moderado, lúpulo menos evidente que os maltes, porém equilibrados, (característico aroma de celeiro levíssimo?).
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, evidente doce dos maltes, álcool, sabor e amargor de lúpulo suaves, final doce/ amargo com “sensação quente” e álcool, (frutada?).
Veredicto – Talvez tenha criado uma expectativa exagerada para este rótulo francês. È uma boa bière de garde e talvez impressionasse se tivesse sido a primeira do estilo que degustei. Mas o equilíbrio de malte e lúpulo é quase que perfeito. O final desta cerveja com sensação quente e outra vez, equilibrando malte e lúpulo, faz dela uma versão especial. A grande diferença fica por conta do fechamento da garrafa. Bem interessante! Aposto na Gavroche !!

15 de setembro de 2011

1698 Bottle Conditioned Ale

A 1698 foi desenvolvida para celebrar os 300 anos da cervejaria Shepherd Neame. Embora seja uma boa strong ale inglesa, prefiro outras, e alguns a consideram uma ESB. Seguem as impressões da 1698 Conditioned Ale:

1698 Bottle Conditioned Ale
Deg. 12/09/2011
Família – Ale
Estilo – English Strong Ale
Teor de álcool – 6,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Acobreada, límpida, pouquíssima turbidez na último copo.
Espuma – Média formação e média duração, bege.
Aroma – Caramelo, lúpulo terroso, levíssimo álcool, (pão?), frutada, nozes.
Sabor – Médio corpo e baixa carbonatação, frutada, nozes, doce, terroso/ resinoso, caramelo, sensação licorosa, (lembra “St Remy”), leve acidez, médio amargor, (leve álcool?), final relativamente seco e também doce/ ácido.
Veredicto – Aí a boa representante Neame da versão English Strong Ale. Tem certa complexidade. É refermentada na garrafa e não é envasada em Cask. No resumo dos quatro rótulos da cervejaria inglesa, fico com a Bishops. Excelente! Porém, a 1698 é intensa e tem muita personalidade que com certeza agrada os apreciadores do estilo.

13 de setembro de 2011

Spitfire Premium Kentish Ale

Esperei por um bom tempo a oportunidade de fazer a inevitável comparação entre a inglesa Spitfire e a Baden 1999, que foi inspirada na primeira. Já postei a 1999, na época em que a graduação alcoólica era 5,2% e quando começava meus estudos da cerveja! Antes porém, um pouco sobre esta deliciosa bitter ale inglesa. A Spitfire, produzida pela primeira vez em 1990, para comemorar os 50 anos da “Batalha da Grã-Bretanha”, ocasião em que os aviões “Spitfire” foram protagonistas na vitória contra os alemães, fez tanto sucesso que passou a ser fabricada sem interrupção até hoje. A tampinha da garrafa lembra o símbolo impresso nos aviões caça ingleses. Veja na foto!! Seguem as impressões da Spitfire Premium, medalha de ouro no Monde Selection, em 2009:

Spitfire Premium Kentish Ale
Deg. 08/09/2011
Família – Ale
Estilo – Special Bitter.
Teor de álcool – 4,5 % (4,2 % quando em Cask).
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Âmbar escuro, límpida.
Espuma – Boa formação e boa duração, bege.
Aroma – Lúpulo floral moderado, toffee, caramelo, frutada, (terroso?).
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, doce, leve caramelo, sabor e amargor de lúpulo moderado, levíssima acidez, frutada, residual maltado, (terroso??).
Veredicto – Ótima cerveja que é mais elegante que a brasileira Baden Baden 1999. Todos os sabores e aromas são mais “calibrados” do que a “cópia” brasileira. Mais intensa que a Master Brew e mais tímida do que a Bishops. É o que se espera de uma Special/Best Bitter com toda elegância inglesa. Ahh!! O creme com boa formação e duração foge a regra das cervejas da Inglaterra, mas isso não é demérito. Também imagino o “casamento” desta versão com um bom gorgonzola!!! Pergunta se não vou experimentar isso!!??!! 

Baden Baden 1999
Deg. 08/09/2011
Família – Ale
Estilo – Special Bitter
Teor de álcool – 6,0 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Âmbar escuro, límpida.
Espuma – Ótima formação e boa duração, cremosa, bege.
Aroma – Doce, caramelo moderado, lúpulo, leve frutado, malte.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, caramelo, doce, amargor e sabor de lúpulo sensivelmente menos intenso que na Spitfire, médio/alto residual maltado.
Veredicto – Cor idêntica (embora a foto não ratifique o que digo, no momento da degustação não era possível dizer qual era qual) e espuma muito parecida, embora também mais cremosa, que a da inglesa. O mestre cervejeiro da Baden na época, fez o “clone” muito bem feito. Já sabor e aroma, embora parecidos, não escondem a supremacia da “original” britânica, que é mais equilibrada e fácil de beber. Resumidamente, de forma simplista, a Spitfire é mais equilibrada em lúpulo e malte, enquanto que a 1999, embora também amarga, como pede o estilo, faz lembrar o malte um pouco mais destacado.

11 de setembro de 2011

Bishops Finger Kentish Strong Ale

O "nonic", copo parecido com o pint ingles (mas com "anel" mais saliente) é, sem dúvida, o melhor para degustar as inglesas de categoria da Shepherd Neame. Eu tenho utilizado um half pint (ou "nonic menorzinho"rsrs), como vocês podem ver nas fotos. Seguem as impressões da Bishops Finger Kentish Strong Ale:

Bishops Finger Kentish Strong Ale
Deg. 07/09/2011
Família – Ale
Estilo – ESB (já vi como English Strong Ale).
Teor de álcool – 5,4 % (quando em Cask, 5,0 %).
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Castanho escuro, límpida.
Espuma – Boa formação e boa duração, bege, cremosa.
Aroma – Caramelo, toffee, leve torrado, biscoito, lúpulo moderado, levemente frutada, (morango??, pera?).
Sabor – Médio corpo, média carbonatação, sabor e amargor de lúpulo médio, maltada, frutada, frutas secas, moderada acidez, leve toffee, (terroso??), final adocicado/ amargo.
Veredicto – Embora mais intensa em todos os sentidos que a irmã Brew Master (que é de estilo também “irmão”, mas diverso) também é equilibrada e com bom drinkability. Com certeza uma das melhores inglesas que já degustei. A cor da Bishops é muito bonita, com creme abundante, até incomum nas ales inglesas. A experiência vale cada centavo. Classifiquei-a como uma ESB, primeiro pela graduação alcoólica e depois por todo exposto. Porém, alguns entendem tratar-se de uma strong ale inglesa que na minha opinião é representado pela 1698 Bottle Conditioned Ale, que veremos adiante.