30 de junho de 2011

Cas Accidenti

Também faço cervejas e sei que é necessário muito estudo e dedicação pra chegar numa receita como a Cas Accidenti. A cervejeiro está novamente de parabéns! Fazer o que?? Eu só degusto e declino minhas impressões de forma sincera!! Porém, nunca sou deselegante  quando me deparo com receitas não tão interessantes. “Accidenti” é uma expressão italiana que pra gente seria algo como “caramba”!!! E essa quadrupel é realmente do “caramba” e visitará minha taça mais vezes com certeza! A foto não ficou sensacional! Inclusive tem um brilho estranho no fundo da taça que não é da cerveja! Mas é possível se ter uma idéia da versão apresentada!! Seguem as impressões da Cas Accidenti:

Cas Accidenti
Deg. 28/06/2011
Família – Ale
Estilo – Quadrupel.
Teor de álcool – 8,0 % a 10,0 %
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Marrom escuro com reflexos avermelhados.
Espuma – Pouca formação e boa/média duração, cor de café com leite, cremosa.
Aroma – caramelo queimado, leve álcool, bananada, doce, ameixa, uvas passas, figo “Ramy”, vinho Porto, chocolate.
Sabor – Encorpada com baixa carbonatação, cremosa e licorosa, doce, açúcar mascavo, vinho Porto, relativamente seca, acidez dos maltes, levíssimo amargor, excelente drinkability.
Veredicto – Era minha maior expectativa!!! Uma quadrupel de panela!! Apresentou-se bastante encorpada com percepção alcoólica somente no aroma e pela licorosidade. Complexa como deve ser uma quadrupel. E aqui cabe dizer que esta bela cerveja é fácil de beber!! Sim isso mesmo, fácil de beber! Embora com toda complexidade e robustez, é equilibrada no conjunto. E isso quebra paradigmas de que somente cervejas leves e sem muita informação sensorial tem bom “drinkability”. A Cas Accidenti merece sem dúvida, o “selo de qualidade” Santa Cerveja !!

29 de junho de 2011

Cas 2691

Tive o orgulho e prazer de ser o primeiro profissional a degustar as cervejas Cas, com produção de 20 litros/mês (com objetivo breve de 50 litros/mês). Cassiano, o cervejeiro casado e feliz (como ele mesmo se define), se dedica há 26 anos em  produzir cerveja artesanal. Trabalhou mais de 20 anos em indústrias de bebidas, nunca diretamente com cervejas (o que é incrível), sendo especializado em refrigerantes pelo SENAI/Vassouras - RJ. Em 1986, iniciou seus estudos e experimentos com maltes e lúpulos, utilizando inicialmente os famosos “kit’s prontos”. Hoje, as cervejas são produzidas na panela e na raça e não são filtradas, mas cada estilo tem o brilho e cor exigidos! O Cassiano tem muitas receitas, inclusive uma com beterraba... isso mesmo, beterraba!!!, que pretendo degustar em breve! A Cas Cervejas Especiais fica em São Manuel/SP (perto de Águas de São Pedro/SP). Como já disse em post anterior, três rótulos da Cas chegaram às minhas mãos. Pra começar, seguem as impressões da boa Cas 2691 (sei da história do número, mas é segredo mesmo e não é o mais importante!!):

Cas 2691
Deg. 28/06/2011
Família – Ale
Estilo – Blonde Ale.
Teor de álcool – 5,0 % a 6,5 %, declarados no rótulo.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Dourada/alaranjada, levemente turva com maior turbidez na 2ª taça.
Espuma – Boa formação e boa/média duração, branca.
Aroma – Maltes, frutada, pêssego, condimentada, doce, fermento evidente e agradável.
Sabor – Médio corpo e média/baixa carbonatação, leve doce dos maltes com levíssimo amargor de lúpulo final com fermento, leve acidez, frutada, frutas amarelas, levemente cítrica.
Veredicto – Extremamente equilibrada!! Uma cerveja feita na panela que deixa muitas outras produzidas até em micro cervejarias com inveja!! No bom sentido, é claro! Muito fácil de beber. Apersenta sabores e aromas sutis com exceção do fermento, que comanda a receita de forma positiva no conjunto. Primeira Cas! Excelente impressão. Vale a Experiência! Ahh! Já estava esquecendo de comentar sobre o teor de álcool declarado com uma variação de “x” a “y”. Outro acerto do cervejeiro, pois nas receitas artesanais de panela, conseguimos saber aproximadamente o teor alcoólico por cálculo envolvendo as densidades inicial e final, mas jamais teremos um valor exato! Parabéns, Cassiano!!

27 de junho de 2011

Super Bock Abadia

Tinha muita curiosidade de experimentar esta versão portuguesa! A Super Bock Abadia traz como conceito, uma cerveja de receita artesanal produzida em Portugal! Porém, não é o que se degusta!! Produzida desde janeiro de 2006 é uma cerveja quase que indefinida considerando as classificações do BJCP e do B.A. Não é ruim, mas não é uma cerveja de abadia por motivos óbvios. Alguns dizem tratar-se de maibock, outros de specialty beer, mas pra mim, é uma strong lager razoável!!! Em tempo, preciso lembrar do amigo português que é parceiro do Santa Cerveja !!, Fernando Cardoso (blog à base de Cerveja) que colabora para a cultura cervejeira pelo mundo!! Seguem as impressões da Super Bock Abadia:

Super Bock Abadia
Deg. em 28/04/2011
Família – Lager
Estilo – Strong Lager
Teor de álcool – 6,4%.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus (cervejaria sugere de 4 a 6 graus).
Cor – Castanho, límpido.
Espuma – Boa formação e média duração, bege, camada perene persistente.
Aroma – Doce, maltes, caramelo, (frutada?), frutas em calda.
Sabor – Médio corpo, baixa carbonatação, doce, maltes, leve amargor de lúpulo, leve acidez, (levíssima sensação seca??, embora doce).
Veredicto – Como as outras Super Bock, não surpreende e não decepciona. Tinha curiosidade de experimentar esta versão, que foi produzida antes da Rubi e Gold (já postadas no Santa Cerveja !!). Outra vez, de abadia... nada! Talvez a intenção da informação “abadia” e “receita artesanal”, seja remeter exatamente às cervejas artesanais e não aos estilos de abadia que conhecemos! É uma cerveja lager e forte (nem tanto pelo álcool, mas principalmente pela carga de malte que apresenta) que vale pela experiência! Nada de mais!

25 de junho de 2011

Blanche de Bruxelles

Degustada em data especial, a cerveja de que trato hoje, não tem nada de tão especial assim. A data??? Aniversário da minha mãe! Mas vamos à cerveja!!!! Desde 1876, quando inaugurada por Jules Lefebvre e administrada desde 2002 por Paul, representando a 6ª geração da família, a belga Brasserie Lefebvre sempre foi conhecida por produzir boas cervejas. Vários são os estilos fabricados, entre eles, cervejas de Abadia (com a licença de Floreffe), cervejas com frutas, saison e as witbiers, todos clássicos da Bélgica. Como representante deste último estilo, a Blanche de Bruxelles foi lançada em 1989 batizada de La Student, e embora possamos considera-la uma nova cerveja, sua receita é bastante antiga e foi comercializada como uma especialidade de um restaurante local. Seguem as impressões da Blanche de Bruxelles:

Blanche de Bruxelles
Deg. 19/02/2011
Família – Ale
Estilo – Witbier
Teor de álcool – 4,5 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus (cervejaria sugere de 2 a 5 graus).
Cor – Palha, turva.
Espuma – Boa formação e média duração, branca.
Aroma – Limão, cítrico, especiarias, (algo remetendo a erva cidreira?).
Sabor – Leve corpo e boa carbonatação, cítrico, laranja, limão, certa adstringência, condimentada, coentro, moderadamente seca.
Veredicto – Creme melhor que o da nossa “dia-a-dia”, Hoegaarden, bem como mais aromática. Porém a cerveja trazida pela AB ImBev é mais saborosa. Mas é uma wit como deve ser... honesta, como acostumamos dizer!! Notas cítricas de limão e laranja, com temperos, leve corpo e ótima drinkability com uma boa sensação seca. Na receita da Bruxelles, 40% de trigo sem maltar é utilizado, além da adição de açúcar, casca de laranja e coentro.

24 de junho de 2011

Cas Cervejas Especiais

Acabei de receber em casa, as cervejas artesanais produzidas pelo Cassiano, de São Manuel/SP. Ele enviou três rótulos para degustação e posterior postagem no Santa Cerveja !! das minhas impressões. As cervejas que serão provadas são: a Cas 2691, uma blonde ale; a Cas Coffee Beer, uma porter com café; e a Cas Accidenti, uma quadrupel, que já adianto, é a que me deixa mais curioso. Só vou esperar as cervejas “descansarem” da viagem pra não prejudicar a degustação e depois, mãos a obra!!!! Em tempo, vou falar um pouco do Cassiano e da Cas Cervejas Especiais quando iniciar a apresentação das cervejas. Abaixo, os três rótulos enviados pelo cervejeiro de São Manuel/SP, que enfrentaram um bom caminho até a cidade de Campinas/SP.

 

22 de junho de 2011

Rochefort 10

Depois de duas verdadeiras cervejas pra se beber rezando, ou tomar de joelhos, como alguns dizem... O Ápice!!! A Rochefort 10 é tudo aquilo e mais um pouco do que ecoam por aí!!! Extremamente complexa em aroma e sabor com corpo robusto e agradável. Meu pecado de não posta-lás antes já foi punido com penitências!!!! Na verdade aguardava, com muita expectativa a proximidade de vencimento das três versões!!! Mas, felizmente, ou infelizmente, não resisti!!! Degustei e apresentei a todos minhas experiências. O bom é que encontrei os três rótulos com “vencimentos” bem próximos e estas sim, guardei pra futuras “viagens”!!!! Seguem as impressões da santíssima Rochefort 10:

Rochefort 10
Deg. 28/05/2011
Família – Ale
Estilo – Strong Dark Ale (também pode ser classificada como quadrupel) - Authentic Trappist.
Teor de álcool – 11,3 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus (cervejaria sugere de 12 a 14 graus)
Cor – Marrom escuro/ cor de refrigerante de cola, reflexos avermelhados, partículas suspensas.
Espuma – Média formação e boa/média duração, bege.
Aroma – Café, chocolate amargo, figo, ameixa, álcool, uvas passas, açúcar mascavo, frutas vermelhas, compota de frutas. Muito complexa!
Sabor – Encorpada e média/baixa carbonatação, frutas secas variadas, chocolate amargo, café, “sensação quente”, álcool e amargor de lúpulo bem inseridos ( e estamos falando de 11,3 % de álcool), (vinho do porto?), caramelo agradável. Muito, muito complexa!!
Veredicto – Todos devem estar se perguntando: será que o cara já tava bêbado pra colocar a tampinha de ponta cabeça?? Não, não!! Foi lapso mesmo... Infelizmente só percebi quando fui postar a foto! Fora esse detalhe, trata-se de uma cerveja realmente divina. Chovendo no molhado, é a melhor Rochefort e uma das melhores cervejas que já provei. O álcool intenso, principalmente no aroma é agradabilíssimo!!! Somente quem está mais próximo de Deus (em tese), ou seja, os monges, podem fazer esta maravilha!!! Rsrsr Aí vão perguntar: e o preço?? A resposta talvez seja esperada: não é barata!!! Mas vale cada centavo, acredite!!!!!!!!!!!! Santíssima Cerveja !!

20 de junho de 2011

Rochefort 8

As Rochefort vão aumentando a potência e a complexidade na medida em que o número impresso no rótulo também aumenta. Diferentemente do que se pode pensar, os referidos números (6, 8 e 10) não representam o teor de álcool, mas indicam o extrato original das cervejas (ou a densidade inicial representadas por 1060, 1080 e 1100). Seguem as impressões de mais uma cerveja pra gente grande, a Rochefort 8:

Rochefort 8
Deg. 28/05/2011
Família – Ale
Estilo – Strong Dark Ale (também pode ser classificada como quadrupel) - Authentic Trappist.
Teor de álcool – 9,2 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus (cervejaria sugere de 12 a 14 graus)
Cor – Marrom, turva, partículas em suspensão.
Espuma – Pouca/média formação e média/boa duração, bege.
Aroma – Álcool, chocolate amargo, figo, açúcar mascavo, condimentos, coentro, (banana??).
Sabor – Encorpada e média carbonatação, álcool, “sensação quente”, frutada, frutas pretas, ameixa, figo, açúcar mascavo, maltada, licorosa, final “quente” com leve acidez.
Veredicto – Cerveja complexa em aroma e sabor. No geral um ataque de sabores frutados definem esta versão 8. O final é quente com certa acidez percebidos de forma prazeroza. Melhor realmente se degustada a 10º. Tem muita coisa pra perceber nela!!! Primeira cerveja que me remeteu diretamente ao figo. Uma delícia!!! Gostei muito da Rochefort 6, adorei a 8!!! Que venha a 10!!!!!!!! Santa Cerveja !!

18 de junho de 2011

Rochefort 6

As cervejas trapistas de uma forma geral, me fascinam. Quem acompanha o Santa Cerveja !! já sabe que minhas preferidas são as La Trappe, mas todas, sem excluir qualquer uma, todas as trapistas são realmente especiais. Hoje trato da Rochefort, uma das seis trapistas da Bélgica que produz três cervejas distintas tendo como essência, uma única receita. A Abadia de Notre Dame de St. Rémy tem história desde 1230, mas a cervejaria produz a partir de 1595. Fechou durante a Revolução Francesa, reabrindo em 1887. A Rochefort foi modernizada e aumentada. Na década de 60, uma nova sala de brassagem foi instalada. Em 1996, uma nova linha de engarrafamento foi implementada. Hoje, a Rochefort se traduz como uma cervejaria com alta tecnologia fabricando cervejas tradicionais e diferenciadas. Seguem, pra começar, as impressões da Santa Cerveja !! Rochefort 6:

Rochefort 6
Deg. 28/05/2011
Família – Ale
Estilo – Strong Dark Ale (Authentic Trappist).
Teor de álcool – 7,5 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus (cervejaria sugere de 12 a 14 graus)
Cor – Marrom claro, turva.
Espuma – Boa formação e boa duração, bege.
Aroma – Nozes, caramelo, frutas secas, damasco, ameixa, levíssimo álcool, “algo medicinal”, “açúcar queimado com leite”.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, chocolate, frutada, nozes, ameixa, caramelo, leve amargor de lúpulo.
Veredicto – Cerveja que surpreendeu!!!!!! Primeiro pelo corpo que é bem mais leve do que se espera. Mas isso não é problema, não!!! É um rótulo muito bem produzido. Nada de doce exagerado no sabor, pelo contrário, equilibradíssimo com o amargor, além de um sabor agridoce de fundo!!! O aroma é até complexo!!! Se você procurar, encontra muita informação! Ótima cerveja para se degustar com calma e de preferência “sozinho”... Conversando com Deus!!!! Santa Cerveja !!

16 de junho de 2011

Rothaus Hefe Weizen Zäpfle

Encerro, por hora, com a versão de trigo da boa cervejaria alemã Rothaus. Seguem as impressões da Rothaus Hefe Weizen Zäpfle:

Rothaus Hefe Weizen Zäpfle
Deg. 03/06/2011
Família – Ale
Estilo – Weizenbier
Teor de álcool – 5,4 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Alaranjada, turva.
Espuma – Boa formação e boa duração, cremosa, bege clara.
Aroma – Banana, levíssimo cravo, doce, maltes, (caramelo?), fermento, frutado, levíssimos toques de lúpulo.
Sabor – Médio corpo e boa carbonatação, leve acidez, cítrica, banana, leve cravo como no aroma, dulçor moderado/leve, levíssima canela, final adocicado agradável.
Veredicto – Uma boa weizen! Cor, aroma e sabor, dentro do que se espera das cervejas de trigo alemãs. Mas tem três pontos a favor como poucas: o doce não incomoda; um agradável toque de canela é percebido como não é tão comum na maioria das versões do estilo. Nuances de lúpulo no aroma somam pontos no conjunto e na análise sensorial final desta cerveja! Santa Cerveja !!

13 de junho de 2011

Rothaus Märzen Export Eis Zäpfle

Depois da pilsen, outro estilo genuiamente alemão. Seguem as impressões da Rothaus Märzen Export Eis Zäpfle:

Rothaus Märzen Export Eis Zäpfle
Deg. 03/06/2011
Família – Lager
Estilo – Märzen/Oktoberfest
Teor de álcool – 5,6 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Dourada, límpida.
Espuma – Boa formação e boa/média duração, branca.
Aroma – Malte, pão, levíssimo caramelo, lúpulo menos evidente (agradável) mas percebido.
Sabor – Médio corpo e média/boa carbonatação, maltada, pão, leve sabor de lúpulo e amargor que se fazem notar, final amargo/doce relativamente equilibrados com tendência para o doce dos maltes.
Veredicto – Outra boa pedida da Rothaus, mas que também não é dos meus estilos preferidos e também peca pelo preço!!! Porém, uma Märzen que se tivesse que beber outra vez, não exitaria!! A receita leva lúpulo e extrato do mesmo. As Rothaus cumprem com os estilos e com o que prometem com toda decência. Falta conferir a versão hefe-weizen. Será a próxima...

12 de junho de 2011

Rothaus Pils Tannen Zäpfle

A Rothaus, fundada em 1791, localiza-se na região da Schwarzwald (Floresta Negra), no estado de Baden-Württemberg, na Alemanha e é uma das cervejarias regionais mais importantes do país. As Rothaus são produzidas de acordo com a lei de pureza de 1516 e utilizam água de uma fonte encontrada a 1000 metros de altitude com 100% das matérias primas-orgânicas. É uma cervejaria sustentável utilizando-se também de energia renovável. Todas as versões da Rothaus não são pasteurizadas. Três versões estão disponíveis em nosso mercado. Uma pilsen, uma weizen e uma märzen. Iniciamos com a boa pilsen!! Seguem as impressões da Rothaus Pils Tannen Zäpfle:

Rothaus Pils Tannen Zäpfle
Deg. 03/06/2011
Família – Lager
Estilo – German Pils
Teor de álcool – 5,1 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Amarelo clara, límpida.
Espuma – Boa formação e boa/média duração, cremosa, branca.
Aroma – Lúpulo moderado evidente, levíssimo doce dos maltes, levíssimo milho cozido.
Sabor – Leve corpo e boa carbonatação, amargor e sabor de lúpulo muito evidente e agradável, seca, com leve residual adocicado dos maltes.
Veredicto – Com certeza, o fato de não ser pasteurizada, traz a esta cerveja mais qualidade. Uma ótima German Pils. Como já é sabido, não é um estilo dos meus preferidos, mas se quiser uma pilsen alemã, esta é uma das minhas eleitas, principalmente pelo aroma fresco de lúpulo. O preço é que, outra vez, não ajuda!!!! Em média R$ 15,00 cada garrafa de 330ml.

10 de junho de 2011

Bacchus Kriekenbier

A outra Bacchus com frutas, seguidinha... pra vocês escolherem qual provar primeiro!! Eu voto nas duas!!! Seguem as impressões da Bacchus Kriekenbier:

Bacchus Kriekenbier
Deg. 15/01/2011
Família – Ale
Estilo – Fruit Beer (ou talvez fruit lambic).
Teor de álcool – 5,8 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Rubi/vermelho intenso, límpida.
Espuma – Pouca formação e média duração, rosada.
Aroma – Cereja evidente, doce e cítrico.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, cereja evidente, doce, adstringente, levíssimo amargor, acidez suave da fruta, final doce da fruta.
Veredicto – O sabor de cereja desta versão é mais suave e agradável se comparado ao sabor da “versão framboesa”. Porém, a Bacchus Frambozenbier é menos doce, mas mesmo assim deixa dúvidas quanto sua classificação. As duas cumprem aquilo que propõe que é serem cervejas com frutas.

8 de junho de 2011

Bacchus Frambozenbier

A cervejaria belga Van Honsebrouck (já falei dela em post anterior, hein!!) também é responsável pela produção da Bacchus Frambozenbier e da Bacchus Kriekenbier. As duas versões com frutas que parecem utilizar obviamente a Bacchus como base, ainda são incógnitas quanto as suas classificações. Depois de algumas trocas de informação com a Káthia Zanatta, não consegui definir com ela, se as versões são fruit beer ou sour ale (mais precisamente fruit lambic). A razão é a seguinte: “Não cheguei a uma conclusão exata sobre elas, pra ser sincera... alguns sites a classificam como Fruit Beer e outros como Fruit Lambic ou Sour Ale... o fato é que a acidez dela é consideravelmente baixa para uma Lambic. Mas como eles, algumas vezes, adicionam açúcar e edulcorantes nas Fruit Lambics, acabamos voltando à mesma dúvida!” (palavras da Káthia, das quais corroboro). Resumindo, falta acidez para serem fruit lambic. Desta forma, decidi classificá-las de acordo com o que, pra mim, mais se aproximavam de acordo com o que estudei sobre os estilos, mas entre parênteses expresso a outra possibilidade (segundo alguns sites). Seguem as impressões da Bacchus Frambozenbier:

                                                 As duas Bacchus "embrulhadas para presente" com frutas.

Bacchus Frambozenbier
Deg. 15/01/2011
Família – Ale
Estilo – Fruit Beer (ou talvez fruit lambic).
Teor de álcool – 5,0 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Marrom avermelhado, límpida.
Espuma – Pouca formação e média duração, bege.
Aroma – Framboesa evidente e agradável, doce da fruta, leve cítrico.
Sabor – Médio corpo e boa/média carbonatação, doce, framboesa evidente, leve acidez agradável proveniente da fruta, cítrica, leve adstringência, final seco com levíssimo amargor.
Veredicto – Todos falam que parece um Keep Cooler ou uma Sidra Cereser, e daí por diante... Esta cerveja é muito mais que isso!!! É uma cerveja!!!! Tem tudo nela! Só que muito, mais muito sutil, tanto que nem descrevi acima. Não é um estilo que vai agradar a todos, mas representa dignamente o estilo a que se propõe.

7 de junho de 2011

Sauber Beer Honey Beer

Por enquanto, essas foram as versões que adquiri no Empório Rota Joaquim, em Joaquim Egídio, cidade colada em Campinas/SP. É um lugar pra se encontrar cachaça das mais variadas, mas com espaço para boas cervejas, como as Sauber. Já disse que existem disponíveis vários rótulos da Sauber, mas os que faltaram mostrar pra vocês, vou buscar lá em Mogi, na Sauber, pra conhecer um pouco do processo desenvolvido pelo cervejeiro Renato. Seguem as impressões da Sauber Beer Honey Beer:

Sauber Beer Honey Beer
Deg. 26/05/2011
Família – Ale
Estilo – Honey Ale (specialty beer)
Teor de álcool – 6,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a7 graus.
Cor – Castanho, levíssima turbidez com último copo bem turvo.
Espuma – Média formação e média/pouca duração, bege clara.
Aroma – Leve mel, doce, maltes, lúpulo muito discreto.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, doce, levíssimo mel no final, acidez moderada/leve, amargor de lúpulo médio/leve, retro amargo/doce.
Veredicto – Outra vez o fermento da Sauber evidentemente presente. Vale pela “ousadia” do Renato, proprietário e cervejeiro da Sauber. Falta o mel aparecer com menos timidez. Os 6,5% de álcool declarados no rótulo não são notados no aroma e sabor. Depois de degustar algumas ales com mel, tenho que expressar a minha alegria em ver um brasileiro, de Mogi-Mirim, conseguir chegar numa receita tímida, mas honesta de Honey Beer.

6 de junho de 2011

Sauber Beer Pumpkin Ale

Retomando as artesanais da Sauber, posto hoje, aquela que deve ser a “queridinha” do cervejeiro Renato, considerando que por conta dela, os olhos de apreciadores de boas cervejas se voltaram para Mogi-Mirim. A minha preferida da Sauber continua sendo a Dubbel, mas esta pale ale com adição de abóbora tem seus encantos. Seguem as impressões da Sauber Beer Pumpkin Ale:

Sauber Beer Pumpkin Ale
Deg. 26/05/2011
Família – Ale
Estilo – Punpkin Ale.
Teor de álcool – 4,7 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Castanho acobreado, levíssima turbidez com último copo mais turvo.
Espuma – Boa formação e média duração, bege.
Aroma – Leve abóbora, doce, caramelo, (cravo?), leve frutado, maltes, fermento, (canela??).
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, doce, (abóbora??), levíssima acidez, final de lúpulo leve que equilibra com a abóbora?, o malte e leve caramelo.
Veredicto – Uma pale ale com abóbora. O lúpulo que quase não é sentido no aroma, aparece tímido no sabor, mas equilibra o conjunto. E, aliás, não é demérito algum. O estilo pede holofotes para a abóbora e isso esta versão tem, mas de forma equilibrada e agradável. Cor muito bonita e creme perene persistente. Porém, como já disse acima, sou mais a Dubbel da Sauber. Interessante que percebi o fermento da Sauber, mas menos intenso.

4 de junho de 2011

Baden Baden Celebration Inverno 2011

Uma interrupção na seqüência das Sauber Beer, com bom propósito!! Mais um ano vem com seu inverno e com ele a possibilidade de degustar, provavelmente, a melhor cerveja da Baden Baden. Estou falando, claro, da sazonal doppelbock. As versões 2009 e 2010 já não informaram nos rótulos a quantidade de garrafas produzidas. Nesta versão 2011, nem o nº da garrafa aparece!!! Uma pena... Deixa um pouco do charme de lado. Seguem as impressões da Baden Baden Celebration Inverno 2011:

Baden Baden Celebration Inverno 2011
Deg. 04/06/2011
Família – Lager
Estilo – Doppelbock
Teor de álcool – 8,2 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus medidos com termômetro!! (Pela primeira vez, cervejaria sugere de 6 a 8 graus).
Cor – Marrom escuro com reflexos avermelhados.
Espuma – Ótima formação e boa/média duração, bege.
Aroma – Torrado, açúcar mascavo, café, doce, chocolate, “caramelo queimado”, (madeira?).
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, torrado, doce, notas de café, levemente licorosa, final doce e alcoólico, levíssimo amargor, leve acidez.
Veredicto – Continua boa como sempre foi!! Também, se mexer, estraga!! Uma cerveja brasileira produzida, hoje, sob as regras da Schincariol, que preserva sua essência! Sem dúvida, a melhor Baden Baden.

3 de junho de 2011

Sauber Beer Tripel

Uma tripel digna da classificação do estilo! Eu realmente tenho uma paixão pela escola belga!!! E a tripel de Sauber é de verdade uma tripel. Seguem as impressões da Sauber Beer Tripel:

Sauber Beer Tripel
Deg. 24/05/2011
Família – Ale
Estilo – Tripel.
Teor de álcool – 8,0 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Laranja escuro/âmbar, média turbidez. Algumas partículas no fundo da tulipa.
Espuma – Boa formação e boa duração, bege clara, cremosa.
Aroma – Quando abri a garrafa, “Biotônico Fontoura”. Depois, especiarias, álcool, fermento, leve frutado, leve cravo.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, cítrica, doce, álcool, “sensação quente”, leve amargor de lúpulo, leve acidez, especiarias/cravo.
Veredicto – O final adocicado desta versão poderia ser um pouco menos evidente. Porém, é muito bem produzida. Interessante o aroma remeter àquela bebida que a maioria de nós, com mais de 30 anos lembra muito bem, o “Biotônico Fontoura”, que diziam, era pra “abrir” o apetite. Mais uma boa pedida da Sauber.

1 de junho de 2011

Sauber Beer Ginger

Uma cerveja diferente e interessante. Raríssimos cervejeiros, mesmo artesanais, fazem cerveja com a utilização do gengibre onde a raiz é mesmo o destaque! Sem dúvida vale pela curiosidade e para perceber quantas possibilidades a cerveja nos apresenta. Seguem as impressões da Sauber Beer Ginger:

Sauber Beer Ginger
Deg. 21/05/2011
Família – Ale
Estilo – Herb and Spice Beer (também classificada como Specialty Beer)
Teor de álcool – 8,0 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Amarelo escuro, turbidez a frio que melhorou um pouco quando mais aquecida, poucas partículas em suspensão.
Espuma – Boa formação e boa duração, cremosa, bege clara.
Aroma – Gengibre evidente e agradável, fermento, doce, leve cítrico, “açúcar queimado”, “quentão”.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, gengibre evidente, doce de maltes, leve acidez, levíssimo amargor final com retrogosto doce e de gengibre.
Veredicto – Boa cerveja pra de vez em quando... Os 8,0% de álcool declarados no rótulo não são notados. O gengibre domina aroma e sabor. . Lembra realmente um “quentão gelado”!!! rsrs. Se fosse menos doce, ficaria mais interessante. Também não é uma cerveja para se tomar aos montes! Uma garrafa fica bem dividida pra duas pessoas.